quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Melancolias

Pensamento : “ Quem ignora o passado não compreende o presente, e hipoteca o futuro “. Ignoto

Lembrei-me deste aforismo.
Talvez por ter estado a ouvir música da minha terra. Tive necessidade. Estava melancólico. Acontece; penso que já todos demos para este peditório.
O nosso estado de alma, o nosso bem estar psicológico, depende de vários factores.
Primeiro da saúde, pujança e força física que exibimos; depois do grau de satisfação das nossas necessidades, começando pelas primárias e passando de seguida às secundárias, e por último do maior ou menor grau de consecução das nossas expectativas.
Podemos e devemos transpor estes factores ou variáveis do individuo para a sociedade, em especial para a sociedade mais pequena que é a família.
O homem é um ser social; os sociólogos dizem cultural.
Abraham Moslow propôs na sua famosa pirâmide uma hierarquia de necessidades, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização o seu bem estar. Veja-a no link seguinte para a poder relembrar, interpretar, descobrir.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow

Apetece-me perguntar, em função das notícias vindas a público na imprensa de hoje: “ taxa de desemprego de ( 8,4 % ) ; portugueses cada vez mais endividados não cumprem compromissos; sindicato de professores na Guarda invadido por 2 P.S.P. ; juízes fogem dos crimes de colarinho branco, da Casa Pia e do Apito Dourado ”, apetece-me perguntar se o nosso " corajoso Governo " nos permite sequer chegar ao segundo nível de satisfação de Moslow. Melancolias.


Deixo também uma música da minha terra, para descobrir, ou para matar saudades.

( http://www.youtube.com/watch?v=1Elo1B94wSs )








Espigueiros na Eira do Penedo

foto -2


A vila do Soajo é também famosa pelo seu vasto conjunto de espigueiros.
São vinte e quatro canastros, distribuídos irregularmente pela periferia de uma baixa meseta granítica, de uns bons mil metros quadrados, que oferece o interior para uso de eira comunitária.
São construções em pedra, de corpo alongado e baixo, e qualificados como do tipo galaico-minhoto. Caracterizam-se por apresentarem fendas verticais no corpo, cuja finalidade é permitir a ventilação e secagem das espigas de milho neles recolhidas; pelos telhados de duas águas; e pelos pilares de sustentação apoiados em mesas circulares. No topo são rematados por uma cruz invocando a protecção divina para os cereais, como convém em terra de fortes crenças religiosas.
Foram construídos numa altura em que se expandia o cultivo do milho e tinham por função proteger o cereal não só dos animais roedores, mas também das intempéries. O mais antigo data de 1782. Têm nos dias de hoje uma utilização relativa, determinada pela ruína por que passa o sector agrícola no país, e também na região. Alguns ainda hoje cumprem a função para que foram criados.
Estão classificados como Imóvel de Interesse Público.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Fotografias prometidas

Prometi fotografias da minha terra, de terras vizinhas e de outras terras.
Começo com uma foto da minha "pátria pequena".
Seguir-se-ão outras.



Pelourinho

foto-1


O Pelourinho de Soajo é monumento nacional desde 1910.
É um monumento tosco, mas tem enorme valor histórico e etnográfico, pois representa, tal como a cadeia, o poder que a vila tinha de fazer justiça. É constituído por um rústico esteio ao alto, - o tronco, encimado por uma laje triangular, - o chapéu.
Ao mesmo tempo que representa de forma fiel, a naturalidade e a austeridade montanhesas das gentes desta povoação serrana, é testemunha do orgulho com que os soajenses o estimam e aclamam, enquanto brasão da sua antiga linhagem.
Não se sabe ao certo quando é que este curioso monumento arquitectónico foi mandado construir, mas julga-se que as suas origens remontam a 1514, data em que a vila recebeu o foral das mãos de D. Manuel.
O Pelourinho mostra-se no topo poente do rectângulo que é a praça principal da vila, a praça maior, o Largo do Eiró. De qualquer dos seus vértices adjacentes partem ruelas pelas quais se chega à Av. 25 de Abril, em cujo lado Norte se pode observar a Casa do Povo.
No topo oposto, nascente, situa-se o velho edifício da antiga cadeia, actualmente sede da junta de freguesia, e o novo edifício do centro social. Alguns metros para norte sobressai a igreja paroquial. Percorridas duas ruelas, ainda para nascente, deparamos com a singular visão dos famosos espigueiros.
O Pelourinho ou Picota do Soajo está, geográfica e afectivamente arrumado, nas entranhas da vila, por onde passam todas as manifestações sociais, culturais, lúdicas, desportivas, religiosas e políticas. Está no centro cívico do burgo. Em que outro lugar deveria estar ?

Fontes:
P.N.P.G.; A.N.M.P.;
Anafre;
Aldeias de Portugal.

O início

A cidadania também se cumpre comunicando com os outros.
Bem melhor se cumpriria, se mais tempo houvesse para o fazer.
É minha intenção “postar” aqui tudo, legal e legitimamente aceitável, e que entenda por oportuno.
Textos e fotografias próprias;
Textos e fotografias estranhas;
O mais que adiante se verá.
Por e para satisfação pessoal, naturalmente. Mas não só!
A net chega a todos os cantos desta nossa maravilhosa “Casa Comum”.
A leitura dos textos poderá ser feita com maior ou menor interesse, paixão, proveito.
Já as fotografias a postar, de monumentos, locais, paisagens, pessoas, poderão eventualmente ser apreciadas até por quem com essas gentes e terras jamais se cruzará.
Se por vê-las e ao vê-las alguma satisfação houver, algum conhecimento acontecer, alguma felicidade se experimentar, a comunicação terá acontecido e a cidadania ter-se-á cumprido.