Melancolias
Pensamento : “ Quem ignora o passado não compreende o presente, e hipoteca o futuro “. Ignoto
Lembrei-me deste aforismo.
Talvez por ter estado a ouvir música da minha terra. Tive necessidade. Estava melancólico. Acontece; penso que já todos demos para este peditório.
O nosso estado de alma, o nosso bem estar psicológico, depende de vários factores.
Primeiro da saúde, pujança e força física que exibimos; depois do grau de satisfação das nossas necessidades, começando pelas primárias e passando de seguida às secundárias, e por último do maior ou menor grau de consecução das nossas expectativas.
Podemos e devemos transpor estes factores ou variáveis do individuo para a sociedade, em especial para a sociedade mais pequena que é a família.
O homem é um ser social; os sociólogos dizem cultural.
Abraham Moslow propôs na sua famosa pirâmide uma hierarquia de necessidades, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização o seu bem estar. Veja-a no link seguinte para a poder relembrar, interpretar, descobrir.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow
Apetece-me perguntar, em função das notícias vindas a público na imprensa de hoje: “ taxa de desemprego de ( 8,4 % ) ; portugueses cada vez mais endividados não cumprem compromissos; sindicato de professores na Guarda invadido por 2 P.S.P. ; juízes fogem dos crimes de colarinho branco, da Casa Pia e do Apito Dourado ”, apetece-me perguntar se o nosso " corajoso Governo " nos permite sequer chegar ao segundo nível de satisfação de Moslow. Melancolias.
Deixo também uma música da minha terra, para descobrir, ou para matar saudades.
( http://www.youtube.com/watch?v=1Elo1B94wSs )
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Publicada por leunam-atab à(s) quinta-feira, outubro 11, 2007
Espigueiros na Eira do Penedo
foto -2
A vila do Soajo é também famosa pelo seu vasto conjunto de espigueiros.
São vinte e quatro canastros, distribuídos irregularmente pela periferia de uma baixa meseta granítica, de uns bons mil metros quadrados, que oferece o interior para uso de eira comunitária.
São construções em pedra, de corpo alongado e baixo, e qualificados como do tipo galaico-minhoto. Caracterizam-se por apresentarem fendas verticais no corpo, cuja finalidade é permitir a ventilação e secagem das espigas de milho neles recolhidas; pelos telhados de duas águas; e pelos pilares de sustentação apoiados em mesas circulares. No topo são rematados por uma cruz invocando a protecção divina para os cereais, como convém em terra de fortes crenças religiosas.
Foram construídos numa altura em que se expandia o cultivo do milho e tinham por função proteger o cereal não só dos animais roedores, mas também das intempéries. O mais antigo data de 1782. Têm nos dias de hoje uma utilização relativa, determinada pela ruína por que passa o sector agrícola no país, e também na região. Alguns ainda hoje cumprem a função para que foram criados.
Estão classificados como Imóvel de Interesse Público.
Publicada por leunam-atab à(s) quinta-feira, outubro 11, 2007