sexta-feira, 3 de julho de 2009

a RTP a partir de Soajo

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O meu programa para esta sexta-feira dia 03 de Julho, alinhavado ontem, começava com uma caminhada de cinco quilómetros na companhia da minha cadela. Não seria muito diferente daquilo que, com relativa frequência, venho fazendo nos últimos tempos, a conselho de muitos amigos e a aviso do meu “físico”.
O dia amanhecera sombrio, com muitas nuvens, embora relativamente quente. Já eu me preparava para o desafio de bater o meu recorde de 35 minutos de marcha continuada, quando me informaram que a RTP estava a transmitir da minha terra, da terra bonita de Soajo, a edição do dia do seu novo programa, Verão Total 2009. De imediato me detive para confirmar como acontecia a manhã na minha "pátria pequena", embora para mim sejam sempre lindas as manhãs no Soajo. Mesmo sombrias.
Quis satisfazer também a curiosidade de observar quem nos visitava, quem seriam os convidados do programa, bem como assistir à forma como os meus conterrâneos “brilhantemente” comprovariam o seu tradicional cavalheirismo. Como facilmente se perceberá a minha caminhada ficou adiada, os conselhos dos meus amigos foram esquecidos e os avisos do médico foram desrespeitados.
Estou a assistir ao programa com imperfeitas condições de recepção. Logo hoje. E não sei porquê. Vou, apesar de tudo, fazer o registo possível. Se entender que possui qualidade documental mínima colocarei a hipótese de partilhá-lo.
É sempre muito agradável, sobretudo quando se está ausente, mais ou menos longe, assistir ao desenrolar das imagens que fizeram a nossa infância.
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A chuva apareceu. Cai macia, amena, tranquila. Condicionou o programa, naturalmente. O dia que amanheceu sombrio assim continua, sombrio.
Pela minha memória desfilam os dias soalheiros de Outono
e as chuvas desarmónicas de Maio.
A minha memória é uma sinfonia de Ludwig van Beethoven.
Sexta-feira está a ser um dia fantástico.
Adenda
Não costumo fazer adendas aos meus posts. Suponho que neste blog nunca tal aconteceu.
Hoje vou abrir uma excepção. Este post merece-a e exige-a. Na verdade, terminei-o ontem de forma súbita e extemporânea. As solicitações estavam a ser várias e simultâneas, e quer a minha atenção quer a minha concentração já não são o que foram. Foi assim que me passou, esqueceu, faltou a referência a dois aspectos/reparos relacionadas com a produção do programa.
O primeiro aspecto refere-se ao reduzido público figurante que compunha o cenário da manhã, em rotundo contraste com o que se passou na parte da tarde;
O segundo aspecto prende-se com o “logótipo” que tardiamente apareceu no canto superior direito dos monitores, “SOAJO”, uma vez que durante um tempo apreciável da emissão por lá permaneceu, imprópria e inadequadamente, “PENEDA”.
Não pretendo criticar quem quer que seja. As falhas acontecem, e só as tem quem faz, quem realiza, quem produz, quem está vivo. Os mortos é que não têm falhas. Todavia, se não critico também não posso deixar passar em claro, sem reparo, aquilo que considero poder ter sido melhor interpretado pela produção do programa. Um mínimo trabalho de campo seria suficiente para entender que a Peneda dista, fica a trinta quilómetros de distância de Soajo, com muita serrania de permeio.
Estou em crer, também, que muito voluntário se teria oferecido para apoio logístico. E para a figuração nem valerá a pena dizer que o excedente suplantaria as necessidades, conforme a participação da tarde demonstrou.
Quanto ao mais, confesso que o programa me agradou. Não o pude ver na íntegra, mas gostei do que vi.
Gosto sempre da minha terra.