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Que a educação e a cultura andam pelas ruas da amargura já não é novidade, nem sequer notícia.
Os alunos progridem nas nossas escolas do ensino básico, e secundário, mesmo com oito avaliações insuficientes na classificação final anual, num conjunto global de nove ou dez.... Abonar uma insuficiência que pode chegar aos oitenta por cento, só pode instruir e formar alunos faltos, que presumivelmente se revelarão, mais tarde ou mais cedo, cidadãos impreparados e por consequência explorados. Claro que nem sequer estou a falar daquelas situações particulares ou excepcionais previstas na lei, decreto.... O problema está no lema, ou seja, advém porque se tem vindo a fazer regra duma conjuntura que devia ser virtualmente excepcional.
E, quando a exigência (legal), de per si, já é tão pouca...............
Esta situação, configurativa do mais absoluto facilitismo e laxismo, desvia os jovens de atributos como a perseverança, o sacrifício, a responsabilidade e o trabalho. Mas não só destes princípios! A reverência para com os mais velhos, o carinho aos doentes e desfavorecidos, a preservação da natureza, e a amizade e respeito pelos animais, acrescem como valores obsoletos, cada vez mais em desuso. Quer por jovens, quer por adultos! Só que, enquanto os valores primeiramente referidos, se repercutem sobretudo na esfera pessoal de cada um, os segundos têm haver com todos nós, com a colectividade que todos somos, definindo-a, caracterizando-a e determinando-a.
Para o melhor e para o pior.
Não se estranhem as sociedades falhas de valores, se não fomos educados para eles. Nem se tão pouco deles nos dão exemplo, como muito bem escreve nesta crónica MAP. O respeito pelos animais e pela natureza, surge nas sociedades ocidentais por meados do século passado. Tem uma vida tão curta, que ainda vai na infância, mas está cada vez mais presente, em cada vez mais espíritos. Podemos inclui-lo no Direito ao Ambiente, que tal como o Direito à Paz, está consagrado no que se convencionou chamar de Direitos do Homem de terceira geração. Hoje, desvalorizar, desconsiderar ou iludir estes princípios não abona quem quer que seja, mesmo, ou sobretudo, se investido(a) em funções ministeriais.
A educação e a cultura estão a precisar de melhores dias. Até por estas bandas.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
educação e cultura
Publicada por leunam-atab à(s) segunda-feira, março 01, 2010
Etiquetas: cultura educação direitos animais ambiente