segunda-feira, 14 de julho de 2008

Saber mais sobre o PNPSG

Caracterização do Parque Nacional da Peneda Soajo Gerês (PNPSG)
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, é um dos últimos redutos do país onde se encontram ecossistemas próximos do seu estado natural, com reduzida ou nula influência humana, integrados numa paisagem humanizada, tal como salienta o Instituto da Conservação da Natureza. Estende-se do planalto de Castro Laboreiro ao da Mourela, compreendendo as Serras da Peneda, do Soajo, da Amarela e do Gerês, numa área que abrange três distritos: Vila Real, Braga e Viana do Castelo. O Parque Nacional da Peneda-Gerês, com 69 693 hectares, ocupa uma extensa área montanhosa de natureza essencialmente granítica com cabeços rochosos e vales apertados, circos glaciares e moreias.
A cobertura vegetal deste Parque Nacional integra espécies de grande valor florístico, tanto pelo seu estatuto de conservação, como pelo seu estatuto biogeográfico, mais especificamente espécies endémicas, lusitanas e ibéricas, e espécies raras ou ameaçadas da flora de Portugal, como, por exemplo, o feto-do-gerês, o narciso-trombeta, o lírio-do-gerês e a arméria.

Localizado na zona de fronteira das regiões biogeográficas eurosiberiana e mediterrânica, o Parque alberga espécies da flora mediterrânica como, por exemplo, o sobreiro, o medronheiro, o loureiro e a gilbardeira, e espécies eurosiberianas como o carvalho-alvarinho, o teixo, o padreiro, o azevinho e a aveleira. Explica-se, assim, a coexistência neste Parque de sobreirais (associados a um clima mais mediterrânico) e carvalhais (formações caracteristicamente atlânticas).

Parque de campismo da Travanca (Mezio )

A fauna do Parque Nacional da Peneda-Gerês inclui oito espécies de Quirópteros (três das quais consideradas em perigo de extinção – o morcego-de-ferradura-grande, o morcego-de-ferradura-pequeno e o morcego-de-ferradura-mediterrânico) e muitas outras como o musaranho-dos-dentes-vermelhos, a marta, o gato-bravo, a salamandra-lusitânica (espécie endémica do noroeste da Península Ibérica), o lobo e o corço. Salienta-se a presença de aves consideradas vulneráveis, raras ou em perigo, algumas delas confinadas ao extremo norte do país como é o caso do picanço-de-dorso-ruivo, da petinha-das-árvores, da petinha-ribeirinha, do cartaxo-nortenho, da felosa-das-figueiras e da escrevedeira-amarela. Destaca-se também a presença do tordo da espécie Turdus philomelos, sobre o qual, até há pouco tempo atrás, não havia nidificação confirmada em Portugal.

Os cursos de água de montanha do Parque são muitas vezes referenciados como rios truteiros, pelas suas características propícias à truta-de-rio. Representam ecossistemas de grande importância e biótipos preferenciais de espécies representativas da fauna do Parque, nomeadamente: a toupeira-de-água, a lontra, o lagarto-de-água e a rã-ibérica (endémica da região noroeste da Península Ibérica).
Fonte:
Instituto da Conservação da Natureza
Áreas protegidas a Norte do Tejo 2003-05-27
música: serra brava r.f. da casa dos arcos