.
Nem apetece escrever o que quer que seja, e já se passaram quase três dias.
Cada um que surge continua a acrescenta mais horror e miséria, como se a tragédia não tenha fim.
O Haiti era um dos países mais pobres do mundo. Agora ficará ainda muito mais pobre.
O desespero começa a apossar-se das pessoas, uma vez que a ajuda tarda a chegar, e o instinto de sobrevivência pode conduzir aos mais estranhos comportamentos, como a imprensa já vem aliás referindo,. No Sol pode ler-se que:
“ Passados dois dias do terramoto e desesperados com a ajuda que não chega, os haitianos começam a tomar medidas drásticas. Uma delas, contou à Reuters Shaul Schwartz, um fotógrafo que esta a trabalhar para a revista Time, é estarem a ser montadas barricadas com cadáveres e pedras.
O fotógrafo relatou que tinha visto pelo menos duas barricadas deste tipo na cidade. «Estão a começar a bloquear as ruas com corpos», disse à Reuters, «as coisas estão a começar a ficar feias por aqui. As pessoas estão zangadas por não receberem ajuda»”.
As imagens da tragédia, no mesmo jornal, são simultaneamente horríveis e esclarecedoras, da dimensão do horror e do sofrimento que se abateu sobre este já tão pobre povo.
Apenas consigo escrever que toda a ajuda será sempre pouca.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
haiti
Publicada por leunam-atab à(s) sexta-feira, janeiro 15, 2010
Etiquetas: Haiti, sismo, sofrimento, tragédia