O Governo divulgou um pomposo documento intitulado "Políticas de Valorização do Primeiro Ciclo do Ensino Básico em Portugal", que refere elaborado por cinco peritos ditos independentes.
Sócrates apresentou-o no CCB, com pompa e circunstância.
Um relatório da OCDE, que faz elogios ao Governo português como jamais foram ditos, escritos, ou ouvidos, disse-o o Governo, disse-o Sócrates.
Sócrates comentou, brioso, para a “Maria”: “ foi um prazer trabalhar consigo”.
Sócrates está orgulhoso, está altaneiro, está altivo, está protegido.
O país desconfia da excelência, a oposição contesta, os professores desmentem, os jornais comentam.
No Parlamento, a oposição em bloco confrontou o Primeiro-ministro com o que diz ser mais uma habitual cena de propaganda política, uma farsa e uma mentira, o que aquele foi negando enquanto, dizem, procurava justificar os auto-elogios e hossanas com indisfarçável enfado e até rudeza.
Os comentários de Vasco Graça Moura e de Santana Castilho, escritos nos jornais DN e Público, fazem luz e desmontam mais uma grotesca encenação de um governo arrogante, obsessivo, e que só pelo facto de poder estar de cabeça perdida, se não coíbe de recorrer às mais estapafúrdias mentiras, no intuito de querer passar a ideia de “bondade” da sua contestada política educativa.
Afinal o relatório não é da OCDE, nem é de independentes, nem é sério, como demonstram, entre muitos outros, os comentadores referidos, e que a seguir se sintetizam.
"A Deborah", nada assinou e apenas escreveu o prefácio.
Que se saiba, " Deborah", é uma economista que nada escreveu sobre questões de educação, embora chefe de divisão das Políticas de Educação e Formação da OCDE desde meados de 2007.
Ainda assim, " Deborah", veio a Lisboa para servir um objectivo do Governo socialista: o de fazer passar a ideia de que se tratava mesmo de um relatório da OCDE.
O PM chegou a afirmar no Parlamento que o relatório tinha sido assinado por ela, “Deborah".
Com desagrado e enfado foi obrigado a engasgar, a titubear, perante as críticas, os argumentos, e as evidências de toda a oposição.
Afinal a “pérola” não é um relatório de avaliação sério e credível, mas um mero artigo opinativo e pouco capaz. Porquanto se baseia em fontes governamentais, porque o método e as técnicas são de duvidosa legitimidade, porque por parcial recolha e insuficiente testagem, acaba por ter um rigor científico menor e uma valia mingua.
V.G.Moura chega a escrever: “Se é assim que a OCDE trabalha, estamos bem aviados! Resta saber quem é que intermediou toda esta batota e quanto é que ela custou”.
Santana Castilho diz: “ está em marcha uma segunda edição desta macacada, agora no que diz respeito aos cursos profissionais das nossas escolas públicas”.
O país continua à tona; entretanto outras maravilhosas surpresas aportarão neste país à beira mar.
Leia aqui os artigos completos:
1 - Vasco G. Moura artigo de opinião no DN
2 - Santana Castilho artigo de opinião no Público (via este link)
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Pinócrates Report
Publicada por leunam-atab à(s) sexta-feira, fevereiro 06, 2009