quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

o relatório PISA 2009

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« O relatório dos resultados dos alunos portugueses nos testes do PISA 2009, [Programme for International Student Assessment - Programa Internacional de Avaliação de Alunos] ontem divulgados na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com foguetes e fanfarra, pelo PM, apontam para menos alunos com desempenho negativo do que acontecera no anterior realizado em 2006.
A Comissão Europeia saudou hoje as conclusões do relatório da OCDE divulgado na véspera, que, segundo Bruxelas, mostra “resultados encorajadores” e grandes progressos na área educativa em diversos Estados-membros da União Europeia.
O relatório “PISA 2009”, que testa os conhecimentos dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, coloca pela primeira vez Portugal “perto da média” dos países participantes e na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei.
José Sócrates e Isabel Alçada estiveram particularmente felizes não escondendo a alegria e satisfação que extravasaram, ao mesmo tempo que justificavam esta melhoria de resultados com as suas políticas para a educação. »
A verdade é que os resultados obtidos pelos nossos alunos nestes testes são melhores do que os obtidos anteriormente, mas ainda nos mantêm abaixo das médias. Além do mais, esta melhoria pode ser conjuntural, aleatória e circunstancial. O relatório não diz que os alunos estão melhor preparados, diz apenas que melhoraram os resultados. Ora sendo aqueles maus, não significa que estes sejam bons. Também nada sabemos acerca dos alunos intervenientes, das escolas que frequentam, da preparação de que foram objecto, nem tão pouco se estiveram enquadrados pelas políticas educativas que o PM diz terem estado na base desta melhoria. Como por exemplo destas " os alunos com 15 anos, em 2009, não beneficiaram da escola a tempo inteiro ou do inglês no 1.º ciclo" , como com oportunidade lhe foi lembrado. Para além de que não parece nada justo mandar alguém das novas oportunidades para a universidade com apenas um exame realizado, enquanto um colega do ensino normal tem de realizar pelo menos dois exames no 11º, e mais dois no 12º anos.
Mas, desigualdades, injustiças e propaganda é o que por aí há mais.
E mentiras......