.
Discutiram-se, e votaram-se, esta sexta feira na Assembleia da República propostas do PCP, do CDS e do Bloco de Esquerda que intentavam limitar os salários dos gestores das empresas públicas. Todas foram inviabilizadas pelos partidos do centro, o centrão PS , PSD.
sem vergonha, nem perdão
« O PCP pretendia limitar os salários dos gestores públicos no máximo a 90% do salário do Presidente da República, porque, defendeu o deputado Honório Novo, «não é sobretudo aceitável que haja gestores públicos a ganhar estes vencimentos bilionários em empresas onde se cortam os vencimentos, onde se propõem reduções salariais ou congelamentos».
Já o CDS queria colocar como tecto máximo o salário do Presidente da República. Para a deputada centrista Cecília Meireles, «não é compreensível numa altura como esta que atravessamos, que haja gestores públicos com salários de 500 mil ou 600 mil euros por ano. O Estado impõe austeridade aos outros tem de começar a dar o exemplo e impor austeridade a si próprio»,
socialismo caseiro
« Os velhos prescindem de medicamentos porque o Governo os põe a preços mais caros do que em países como Inglaterra e Alemanha. O socialismo caseiro subsidia as multinacionais farmacêuticas. A Espanha tem remédios 200% mais baratos! O país não dá para velhos, e por este andar não dará para ninguém! Só em juros em 2011 serão 7 mil milhões de euros, sete pontes Vasco da Gama ou dez meses do orçamento para a saúde! »
Este país está cada vez mais desigual, o leque salarial é indignamente aberto.
Este país está com 11,1% de desemprego.
Este país não conseguiu cumprir o aumento do salário mínimo para os 500 €, em Janeiro.
Este país tem, comparativamente, dos preços mais elevados.
Este país paga taxas de juro superiores a 7%.
Este país está em recessão económica.
Este país tem um número vergonhoso de pobres, 50% da população vive em situação de pobreza.
Este país está na dependência do BCE, de credores avulsos, de agiotas disfarçados, dependente...
Este país está sem governo.
Se não aconteceu, podia ter acontecido
.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
o centrão
Publicada por leunam-atab à(s) sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Etiquetas: ministro das finanças suíço, vencimentos dos gestores