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De acordo com um estudo do FMI, segundo escreve o jornal ionline, o fosso entre ricos e pobres esteve na origem da actual crise financeira. O Fundo, FMI, conclui que as desigualdades de rendimento contribuíram para o choque de 2008 e aponta no sentido de que as políticas redistributivas são mais eficazes que "resgates ou reestruturações de dívida".
Eu pergunto, e porque não começar já a montante, das complementares, embora também e/ou quando necessárias, políticas redistributivas ? Ou seja, nos salários reais mais justos, e com menor leque salarial ? Quanto mais justa for a política de distribuição de rendimentos, menos ênfase será necessária para a chamada política de redistribuição! E menos peso terão as políticas fiscais, orçamentais e sociais, tantas vezes manipuladas, na referida redistribuição. La Palisse.
O leque de distribuição de rendimentos português apresenta uma desigualdade gritante, das maiores entre os países desenvolvidos, e ao contrário do que se propala e propagandeia, tem vindo a aumentar.
A notícia, abaixo resumida, está aqui.
« O crescimento do fosso entre ricos e pobres esteve na base da crise financeira actual e da Grande Depressão dos anos 30. Segundo um estudo feito pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), há uma relação causa/efeito entre uma maior desigualdade na distribuição de rendimentos e a criação de condições para o surgimento de uma crise financeira. Processos que ocorreram nos anos 20, antes da Grande Depressão, e agora, antes da explosão da crise financeira.
Michael Kumhof e Romain Rancière, economistas do FMI, explicam que ambas as crises foram precedidas por uma série de factores, nomeadamente um aumento considerável da percentagem de rendimento detida pela (pequena) fatia mais rica da população, bem como o aumento do recurso ao crédito e ao endividamento por parte do resto da população.
O estudo é feito a partir de dados da economia norte-americana. No entanto, o modelo foi replicado em grande parte dos países desenvolvidos. Segundo dados do Eurostat, Portugal é o segundo país da zona euro com maior desigualdade na distribuição de rendimento entre os 20% mais ricos e 20% mais pobres, apenas ultrapassado por Espanha.
O mais que discutido aumento do crédito subprime, apontado como responsável pela crise, é uma consequência deste mecanismo. Entre 2001 e 2006, o peso dos empréstimos subprime subiu de menos de 4% para 15% do total.
Os técnicos do FMI recomendam que sejam postas em prática políticas redistributivas preventivas que impeçam o endividamento excessivo. Um caminho mais desejável do que remediar as crises através de "resgates ou reestruturações de dívida" ».
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
o fosso entre ricos e pobres
Publicada por leunam-atab à(s) quinta-feira, novembro 25, 2010
Etiquetas: crise, desigualdades, fmi, subprime