sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

o relatório e o baile

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Ainda nem sequer passou um mês, um único, e já nos é revelado o conteúdo de um novo relatório sobre o estado da educação no nosso país. Até podia ser uma boa notícia, em sintonia com aquela que, então, o nosso governo, e de acordo com a sua leitura, muito pressurosa e efusivamente nos fez ouvir e ver, festiva e repetidamente. Acontece que não é uma boa notícia.
E assim sendo, uma não boa notícia, foram e permanecem mais que fundamentados e justificados os comentários, cautelosos, que na altura aqui foram feitos.

« Relatório 2010
alunos não sabem raciocinar nem escrever
segundo o jornal i online é o próprio GAVE que o escreve.
Estudo do Ministério da Educação em 1700 escolas revela a dificuldade dos alunos em resolver exercícios que não sejam básicos. O relatório do Gave vem demonstrar que os alunos portugueses afinal estão ainda longe de conseguir desempenhar tarefas tão simples como, por exemplo, interpretar um texto poético, solucionar um exercício matemático com mais de duas etapas ou enfrentar um enunciado que não seja simples e curto.
Até no que se refere aos estudantes universitários é dito que uma boa parte é incapaz de escrever sem erros ortográficos, encadear um raciocínio com princípio, meio e fim, interpretar um texto ou perceber o que é dito na aula. As deficiências estão tanto na escrita como na oralidade e têm consequências na aprendizagem e na avaliação dos estudantes. Os alunos perdem a capacidade para compreender conceitos. »
Estas conclusões, escreve ainda o jornal, chegam poucas semanas depois de o tal estudo do PISA revelar que Portugal havia sido o país da OCDE que mais tinha progredido na educação.
Até onde nos terá levado esse progresso ?
Quem conhece esta realidade, e eu conheço dela alguma coisa, não embandeira, não deita foguetes, não festeja; antes se preocupa, se incomoda, se inquieta. Porque a competição, global, vai doravante ser ainda mais intensa e perverso, a educação e a cultura serão sempre boas armas a privilegiar, úteis e legítimas. Por isso, mais do que iludir, ou iludir-se, é forçoso empreender e agir.
E pode, se não fizer bem também não prejudica, frequentar-se uma biblioteca, uma qualquer biblioteca, - educam sempre. Até esta.
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Para todos uma boa passagem de ano, com ou sem baile. Mas sempre com muita alegria, em vós e à vossa volta.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

balanço, 2010

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Em jeito de balanço, creio já poder dizer que o ano de 2010 foi, a nível pessoal, pouco interessante. Tê-lo-á sido também para a grande maioria dos portugueses, sobretudo para aquele considerável lote dos que perderam o emprego, ainda para os que continuando a trabalhar o fazem por conta de outrem, e muito particularmente para aqueles que o realizam para o Estado, Administração Central, Regional e Local.
Resta-nos desejar, e esperar, que 2011 seja menos "problemático" do que se vem anunciando. Esperemos pois, sentados !?.
No que diz respeito a acontecimentos e actividades deste ano que está a acabar, nacionais e mundiais, eis uma (minha) lista, aleatória, em jeito de memorandum, dos 20 que reputo de mais .... tocantes:

1 . - O temporal de Fevereiro na Madeira que terá causado a morte 42 pessoas, para além de centenas de desalojados;
2. - A erupção do vulcão na Islândia que ao provocar uma enorme nuvem de cinzas perturbou o tráfego aéreo na Europa, trazendo caos e prejuízos em todo o mundo;
3. - A explosão numa plataforma de petróleo da BP no Golfo do México, atingindo a costa da Florida nos EUA, que acarretou uma enorme maré negra e matou 22 trabalhadores;
4. – A conquista em Maio pelo S.L. Benfica do título de campeão nacional de futebol;
5. – A visita de 4 dias do Papa Bento XVI a Portugal;
6. – O brutal aumento de impostos, especialmente do IRS, IRC e IVA;
7. – A realização do Mundial de Futebol pela primeira vez num país africano, África do Sul;
8. – O falecimento do Nobel, José Saramago;
9. – Os incêndios do mês de Agosto que castigaram particularmente a Serra de Soajo e todo o Norte e Centro de Portugal;
10. – O corte de salários na função pública; ... apenas a f. p. , ..... e veio para ficar...
11. – A leitura do acórdão do processo Casa Pia; finalmente, e, ..... todos os arguidos foram condenados ! ;
12. – O resgate, bem sucedido, dos 33 mineiros chilenos que estiveram durante vários meses soterrados;
13. – O início do pagamento de portagens nas SCUT Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata;
14. – A atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010 ao activista dos direitos humanos chinês Liu Xiaobo;
15. – A Greve Geral Nacional de 24 de Novembro;
16. - A confirmação – com o contributo de cientistas portugueses - de que os Humanos Modernos, Homo Sapiens", acasalaram com os Neandertais; foram encontrados, no nosso ADN, bocadinhos de sequências genéticas do Homem de Neandertal; há 50 mil anos havia pelo menos mais um terceiro grupo de humanos além de nós e dos Neandertais, os Denisovanos.
17. – A "criação" pela primeira vez de uma incipiente forma de vida artificial no J. Craig Venter Institute, nos EUA, pela equipa de Craig Venter;
18. – A descoberta de uma bactéria que sobrevive no arsénio, elemento químico altamente tóxico e impediente de qualquer forma de vida até aqui conhecida, que poderá lançar a discussão sobre formas de vida extra-terrestre, - a NASA já admite dúvidas, legítimas;
19. - O desenvolvimento pelo(a) Google de carros capazes de auto-condução (condução autónoma), - graças à utilização de sensores - evitando peões, parando nos semáforos e respeitando os limites de velocidade;
20. – As revelações de documentos confidenciais do Governo dos EUA pelo site Wikileaks.
Aí estão. Enumerei vinte. Outros, como a produção de um aparelho electrónica que dizem fantástico, o tablet iPad da Apple, que eu ainda não o experimentei, ou a descoberta de um sistema solar deveras parecido com o nosso, poderiam ser igualmente incluíeis.
Esta é, pois, até dentro das minhas, uma relação naturalmente egocêntrica desses factos fundamentais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

explosão

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Tenho para mim que o meu país é governado por gente impreparada, inapta e inepta. Social, técnica e culturalmente deficitária, mas excedentária na arte da manipulação sociológica e comunicacional. Politicamente habilidosa. Acresce, como também já foi sobejamente dito e escrito, que é minguada de carácter, mentirosa, teimosa, imprevidente, daninha senão funesta.

Claro que num contexto de dificuldades e de crise, tais atributos potenciam negativamente as consequências das suas políticas e práticas governativas. Ainda mais quando umas e outras se revelam de um completo arbitrarismo, irracional, inoportuno, ilógico e desigual. Como este, de apenas os funcionários públicos poderem vir a ser os únicos cidadãos - com cortes - chamados a suportar o custo dos desmandos governativos, que a toda a sociedade, pública e privada, contentaram. Porquê? E por que não ?

Se, e quando, as previsões e ou conjecturas de renomados sociólogos como António Barreto e Boaventura Sousa Santos se materializarem, uma forte anomia social poderá instalar-se no país. Depois, .... será tarde demais. Porque a "explosão" pode mesmo acontecer.

« Para os sociólogos António Barreto e Boaventura Sousa Santos o ano 2010 foi um ano de susto, em que os portugueses foram apanhados de surpresa. Um ano de medidas de austeridade aplicadas gradualmente e que não tiveram um efeito pleno na vida dos portugueses, como tiveram em países como a Grécia ou a Irlanda, onde as medidas foram particularmente drásticas.

Os dois sociólogos justificam a aparente calma da sociedade portuguesa, apesar do contexto de agravamento da crise e da escalada de violência com manifestações pela Europa, com a falta de tradição organizativa e excessiva dependência do Estado. Lembram que o país viveu metade do século XX sem democracia e que, por isso, as pessoas continuam a ter medo e a viver como num regime de ditadura.

Boaventura Sousa Santos acredita que as “coisas vão piorar” e que “se não houver inflexão vai-se assistir a uma situação explosiva nos próximos anos”.
Na opinião do sociólogo, Portugal não é dos países que “mais se ofendem, pois viveu muito tempo com a mediocridade escondida do salazarismo”, e “não tem tanta percepção de justiça”, mas pode ser contagiado pelas mobilizações sociais na Europa, perante o desgaste dos direitos sociais.

António Barreto e Boaventura Sousa Santos dizem, de acordo com o Público, que os portugueses receberam a crise com surpresa mas podem passar à "explosão". »

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

a música do soajocity

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Os fantásticos anos sessenta, setenta, ...
Os incríveis Beatles,...
Ainda hoje gosto e recordo, até porque o tempo é de paz, concórdia e amor.
A love song in a love time ..., simplesmente.
Simples, despretensiosa, apaixonada,….
Vivre l'amour, parce que c'est le temps d'aimer ...
Bom Natal e Feliz Ano Novo.
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salário mínimo nacional

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Como estamos em tempo de Natal, queria eu escrever sobre Paz, Amor, Alegria, Solidariedade, e sei lá que outras coisas mais. Mas, isto que ouço e leio não tem nada de Natal, não anuncia nenhum espírito de Natal, já que pouca consideração e solidariedade manifesta para com o semelhante "pouco favorecido". E vem de quem pode, afinal de quem destina aquele destino.

No JN, e noutra imprensa de hoje lê-se que o acordo de 2006, que estipulava a paga de 500 € de salário mínimo em Janeiro de 2011, não vai ser cumprido. É mais uma promessa não cumprida e mais um acordo rasgado. A ministra do Trabalho, Helena André, argumenta que não há condições para o aumento deste salário, de imediato, dos 475 actuais para os 500 então ( 2006 ) acordados. Seria um aumento de 25 euros mensais, ou de 83 cêntimos por dia, o equivalente a um café. Garante, no entanto, que os 500 € serão atingidos em 2011, embora de forma faseada. Em Janeiro haverá um aumento de 10 € para 485, e os restantes 15 serão repartidos entre Junho e Outubro.

Neste faseamento foi acompanhada, ou teve o apoio, da Indústria, do Comércio e da UGT. O Turismo não defendeu qualquer aumento em Janeiro. A CGTP exigiu que o SMN atingisse os 500 euros logo em Janeiro. Esta notícia, e este ajuste, mereceria alguma reflexão, não fosse ser já esperado quer o seu conteúdo, quer a sua arrumação.

Desde logo, pela constatação dos posicionamentos dos diferentes parceiros sociais intervenientes na concertação. Confira-se e anote-se, quem emparceira com quem.
Depois, pela ardilosa e velhaca natureza revelada neste comportamento "mãos largas", pelos hominídeos que dela e nele foram partes.

Diz o JN que são 460 mil trabalhadores que recebem até 475 euros, valor do salário mínimo que vai ser aumentado ..... 10 euros em Janeiro.
Digo eu que ... , ainda vai havendo algum sangue fresco na "manada".

domingo, 19 de dezembro de 2010

necessário, mas não suficiente

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A despesa pública portuguesa terá passado de cerca de 37% do PIB para próximo de 50% no período entre 1995 e 2008, segundo escreveu o economista Camilo Lourenço no negócios online a 15 /12/2010. Não admira que para fazer face a despesismo de tal jaez seja necessário, mas não suficiente, esvaziar o bolso do contribuinte, até ao cotão, sobretudo daquele não amigo, que o mesmo é dizer não açoriano, não gestor de uma grande empresa pública, não accionista da Jerónimo, da Portucel, da PT,........

A notícia da OCDE que refere ser Portugal o país da União Europeia onde a carga fiscal mais subiu no período referido, confirma-o. Diz-se que os portugueses trabalham 139 dias para o estado. É obra, sobretudo se não esquecermos que nestes 139 não estão incluídos os impostos indirectos, as taxas, coimas, multas, mais ou menos "obrigatórias", e demais subtilezas encobertas.

O cigano, que com a pretensão de ganhar mais uns dinheiritos foi pouco a pouco retirando a alimentação ao asno, constatou que quando ele já não comia, sem forças, e lhe estava a dar todo o ganho, morreu! Ah não, nem quero imaginar, o "Portuga" não é "Asno", e o Sr. Engenheiro não é Cigano!
Mas, a política sempre foi, como já dizia Platão, a arte de persuadir, ....de enganar.... de iludir....
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É por estas e por outras,....patranhas,.... que está a ser necessário, mas não está a ser suficiente esvaziar o bolso do contribuinte, até ao cotão.
Ainda vai haver mais sangue, suor e lágrimas....
Com ou sem FMI, encapotado ou às claras.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nojices

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Estamos na época do Natal que é uma tempo de amor, paz, concórdia, tolerância. De amizade e bons pensamentos.
Não queria, por isso, gastar mais um nanossegundo que fosse com a repugnante indecência do César Açoriano. Só que, acabo de ler este texto escrito por Moita Flores no Correio da Manhã de hoje. Estou tão de acordo com ele, como estive com o que então escrevi aqui.
De modo que resolvi testemunhar a minha concordância transcrevendo-o, com a vénia respectiva.
Até no Natal há limites para a bondade, transigência e tolerância.
Também para a vergonha e espanto que me assaltam com a concepção de alguns ....., amigos.... , de quem às vezes , nestas, me afasto.
Correio da Manhã, 12 Dezembro 2010
opinião de Moita Flores
« Um vómito
O subsídio de César não foi para os funcionários pobres das ilhas. Foi para aqueles que mais ganham.
Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, tornou-se o ilustrativo exemplo de como a política, quando já se julga que não pode descer mais baixo, ainda tem mais um degrau para descer no mundo da amoralidade. Os subsídios aos funcionários atingidos pelos cortes nos vencimentos, que segundo ele não ultrapassam três milhões de euros, nem chegam a ser uma medida populista.
Atingem um núcleo restrito de técnicos superiores, chefes de divisão, directores e subdirectores, nos quais se incluem naturalmente o contingente dos seus mais leais serviçais políticos. Os ‘boys’ de César. Não tem a ver com ultraperiferia nem com a atracção de novos quadros, como alguém argumentou, pois não vai surgir desta decisão cesarista um movimento migratório de quadros técnicos para os Açores. Tem apenas a ver com ambição e perfil de quem nos governa. Tido como um dos eventuais substitutos de Sócrates, o que daqui resulta é que quer atingir Sócrates. Não pela criação de uma política nobre, mas à cotovelada.
O subsídio de César não foi para os funcionários pobres das ilhas. Foi para aqueles que mais ganham, e ao mesmo tempo um valente pontapé no Governo central do seu Partido. Em nome dos Açores? Não. Em nome da Autonomia? Não. Em nome dos interesses estratégicos de César. Um general que não alimenta as tropas corre o risco de deserções.
A sua decisão não foi apenas uma afronta ao Governo da República. É um escárnio sobre os funcionários que nas mesmas condições, em zonas mais pobres do que os Açores, estão comprometidos com o apertar do cinto orçamental. É o desprezo absoluto pela política nacional por troca com os prémios de jogo que decidiu pagar às suas clientelas regionais. Diz que este ano a massa resulta de umas obra num campo de futebol que não se farão. E para o ano? E para o ano seguinte? É claro que acabarão por pagar aqueles que viram no resto do país os seus salários cortados. Não admira pois que esta mediocridade moral nem consiga receber o apoio do seu Partido.
É levar demasiado longe o caciquismo. Aos limites do vómito. Porém, regozija-se o Bloco de Esquerda, o símbolo maior do refilanço pré-juvenil com e sem causas. E…. Manuel Alegre! É doloroso ver um candidato a Presidente da República preso a esta imundície moral por necessidade de votos. Dirão alguns que é coisa menor comparando com os muitos milhões do BPN e de outros imbróglios afins. Seria verdade se o dinheiro fosse a medida de todas as coisas. Mas não é. A maior das medidas é o sentido de Pátria, assumida com elevada responsabilidade e rigor. E isto César não sabe o que é.»

Boas Festas

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Estamos já ( ? ) no mês de Natal, deste ano de 2010 da graça do Senhor.
Estamos vivos,...., os que isto lerem.
Como sói dizer-se, Vamos andando.
Com mais ou menos saúde, cá vamos indo na forma do costume.
Na vizinha Galiza dizem "Vamos tirando".
Pois bem, a saúde não se dá, não se compra, nem se vende.
Podemos querê-la para nós e devemos desejá-la para outrem.
Eu quero, neste Natal, desejar para todos Festas Felizes,
com tudo que seja do V. agrado, a que mando irmanar
Paz, Amor, Saúde, Sorte, Dinheiro,.........., Felicidades.
Tudo Bom.
Boas Festas e um Magnífico Ano Novo de 2011.
A música deste vídeo é uma canção de Natal interpretada pelo grupo Galego Malvela.
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Cuido, já nem sei se recordo se sonho porque tanto tempo lá vai, que a minha avó materna cantava a modos que deste jeito, naquele seu gracioso português arcaico.
Que saudades "Mãezinha", dos Nossos Natais no Teso, da lareira, da extracção dos pinhões e do jogo do rapa, do arroz-doce e do leite creme, das tuas rabanadas e dos teus bolinhos de geremu, do teu sorriso fácil e contagiante, da tua sadia ternura, da tua bondade ecuménica e imensa.
Ainda hoje recordo, e esconjuro, aquelas compridas noites que tão cedo acabav(r)am.
Quantas saudades!
Para todos, um Bom Natal.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

tontices, perigos e agravos

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No dia mundial comemorativo da corrupção - 09/12/10 - o ministro da presidência, Pedro Silva Pereira, veio nas televisões informar os seus concidadãos que o seu governo é impotente para os tratar a todos em sintonia com o princípio da igualdade, constitucionalmente consagrado. (artigo xx CRP)
Diz o ministro que o governo regional dos açores é competente e soberano na definição do uso a dar às suas receitas orçamentais, estando vedado ao governo central interferir na matéria. Desta forma se justifica(ria) a decisão de nos Açores se poder compensar o corte nos vencimentos dos funcionários públicos, que o governo da república afirma(va) ser para todos sem excepção, com um suprimento na sua exacta medida. O governo açoriano arranjou um expediente, ludibriando o governo da república ( ou com a conluio do governo da república ) para isentar os funcionários açorenses das consequências da crise. A crise existe, é para todos, menos para os protegidos
açorianos.
São estes os dados, ou factos, pública e substantivamente conhecidos.
São estes os pensamentos que, até sem madura reflexão, foliarei adjectivar de tontos, perigosos e criminosos.
- Tontos, porque ninguém acredita que o Governo Central fosse apanhado desprevenido, ou estivesse na ignorância das pretensões e práxis açorianas. Ainda porque ao Governo Central sobram expedientes legais, orçamentais, fiscais, e outros, para trazer ao siso a rebelião açoriana. Basta querer agir, para lá canalizando menos meios e já está! Se o não fizer, é simplesmente porque o não quer fazer, devendo assumir as suas responsabilidades. Que não só políticas! Que lhe poderão vir a ser pedidas!
- Perigosos, porque na prática a situação criada é profundamente injusta, ao tratar o que é igual de forma diferenciada. E nunca uma situação desvantajosa poderá ser "bem" aceite por aqueles que com ela sofrem, sem assimilarem a razão para tal discriminação. Poderá, inclusivamente, augurar-se-lhe uma reacção não longínqua da génese comportamental desenvolvida num, isolado ou combinado, qualquer destes três níveis de resistência: passiva, defensiva, activa.
É que, quando se trata de sobrevivência, não é possível saber até onde pode ir a revolta. Famílias de reformados que sofrem cortes de ± 7000€, que têm filhos desempregados e a estudar, não trabalhando e não ganhando, gastando, podem ficar em situação muito complicada para fazer face ao dia a dia. Dificilmente poderão manter as suas obrigações contratuais. As reacções poderão ser uma incógnita! Poderá ser perigoso! Pode!
- Criminosos, porque apartar e qualificar os portugueses em cidadãos de primeira e de segunda pode conduzir à incompatibilização e ao confronto. Pode empurrar para a divisão aqueles que sempre se tiveram como iguais, em sintonia, integração e concórdia. Se do fratricídio pode haver história, de um Caim não haverá boa lembrança!
Já hoje, no debate quinzenal no Parlamento, ouvi complementares explicações e afirmações.
O essencial mantêm-se, não havendo grandes novidades ou mudanças.
"São todos bons rapazes, e raparigas."
Reafirma-se a legitimidade e legalidade da acção do executivo açorense!
Constitucionalize-se!
Confessa-se impotência para o poder reformar!
Mentira! Sequem-se as fontes continentais.
Desaprova-se o acto. E basta! Injusto? Desestabilizador ? Imoral?
Que lhes importa? Não o reparam!
Só podemos concluir estar em presença de políticas e políticos de duvidosa textura, prenhes dum vazio axiológica e imoral. Sem princípios nem valores.
A política já a sabiamos decretada como arreligiosa, e provavelmente aideológica, mas imoral?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

a música do soajocity

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Para esta tarde de convívio, algumas nozes acompanhadas por uma (?) garrafinha de Moscatel Favaios 1980, ou vice-versa. O Favaios é um vinho doce, feito de uva moscatel. Dizem-me envelhecido em tonéis de madeiras de castanho. Gosto.
Da música também gosto. Um clássico. Enjoy ...
That's Amore, Dean Martin.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

help

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Os ministros das finanças dos países da zona euro voltaram a debater na sua reunião mensal de segunda-feira - 06/12/2010 - aquilo que já se diz vir a ser uma inevitabilidade, um pedido de ajuda de Portugal ao fundo de estabilização financeira.
Não obstante os dezasseis da moeda única, euro, se terem debruçado sobre a questão pela terceira vez no espaço de um mês, voltaram a não estar de acordo sobre a oportunidade de Portugal seguir de imediato os passos da Irlanda, que já pediu uma ajuda de 85 mil milhões do fundo do euro, e da Grécia, que dispõe de um programa específico de 110 mil milhões.
No que diz respeito a Portugal, mais do que um pressentimento, há hoje já a certeza da inevitabilidade de um pedido de ajuda, que, diz-se, não irá para além do primeiro trimestre de 2011. Bem vistas as coisas, a ajuda até já está objectiva e materialmente em marcha, ainda que informalmente, nas últimas compras maciças da dívida portuguesa pelo BCE.

o relatório PISA 2009

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« O relatório dos resultados dos alunos portugueses nos testes do PISA 2009, [Programme for International Student Assessment - Programa Internacional de Avaliação de Alunos] ontem divulgados na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com foguetes e fanfarra, pelo PM, apontam para menos alunos com desempenho negativo do que acontecera no anterior realizado em 2006.
A Comissão Europeia saudou hoje as conclusões do relatório da OCDE divulgado na véspera, que, segundo Bruxelas, mostra “resultados encorajadores” e grandes progressos na área educativa em diversos Estados-membros da União Europeia.
O relatório “PISA 2009”, que testa os conhecimentos dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, coloca pela primeira vez Portugal “perto da média” dos países participantes e na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei.
José Sócrates e Isabel Alçada estiveram particularmente felizes não escondendo a alegria e satisfação que extravasaram, ao mesmo tempo que justificavam esta melhoria de resultados com as suas políticas para a educação. »
A verdade é que os resultados obtidos pelos nossos alunos nestes testes são melhores do que os obtidos anteriormente, mas ainda nos mantêm abaixo das médias. Além do mais, esta melhoria pode ser conjuntural, aleatória e circunstancial. O relatório não diz que os alunos estão melhor preparados, diz apenas que melhoraram os resultados. Ora sendo aqueles maus, não significa que estes sejam bons. Também nada sabemos acerca dos alunos intervenientes, das escolas que frequentam, da preparação de que foram objecto, nem tão pouco se estiveram enquadrados pelas políticas educativas que o PM diz terem estado na base desta melhoria. Como por exemplo destas " os alunos com 15 anos, em 2009, não beneficiaram da escola a tempo inteiro ou do inglês no 1.º ciclo" , como com oportunidade lhe foi lembrado. Para além de que não parece nada justo mandar alguém das novas oportunidades para a universidade com apenas um exame realizado, enquanto um colega do ensino normal tem de realizar pelo menos dois exames no 11º, e mais dois no 12º anos.
Mas, desigualdades, injustiças e propaganda é o que por aí há mais.
E mentiras......

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

rankings

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A notícia vem no jornal Público.
O jornal diário britânico "Financial Times colocou o ministro das finanças português Fernando Teixeira dos Santos na 16ª posição entre os 19 titulares das maiores economias da UE, onde se incluem todos os do euro. O primeiro lugar da lista foi para o ministro alemão, Wolfgang Schäuble.
O jornal refere que os ministros foram ordenados, do melhor para o pior desempenho em 2010, com base na sua capacidade política, no desempenho económico do seu país e na credibilidade nos mercados.
A posição de Teixeira dos Santos não é pior devido ao posicionamento na 12ª posição no ranking da economia, para o que contribuiu o crescimento deste ano e a recessão do ano passado não ter sido tão brutal como no resto da EU. Já no que respeita à capacidade política ficou em 18º, enquanto na credibilidade, medida através dos juros da dívida pública, ficou em 17º.

Eis, segundo o jornal, a lista dos ministros das Finanças da EU:

1. Wolfgang Schäuble, Alemanha
2. Jacek Rostowski, Polónia
3. Christine Lagarde, França
4. Anders Borg, Suécia
5. Jyrk Katainen, Finlândia
6. George Osborne, Reino Unido
7. Didier Reynders, Bélgica
8. George Papaconstantinou, Grécia
9. Jean-Claude Juncker, Luxemburgo
9. Ivan Miklos, Eslováquia
11. Jan Kees de Jager, Países Baixos
12. Miroslav Kalousek, República Checa
13. Josef Pröll, Áustria
14. Giulio Tremonti, Itália
15. Claus Hjort Frederiksen, Dinamarca
16. Fernando Teixeira dos Santos, Portugal
17. György Matolcsy, Hungria
18. Elena Salgado, Espanha
19. Brian Lenihan, Irlanda

Não deve ter sido nada agradável para o ego do ministro o conhecimento desta informação.
Estas listas valem o que valem e não mais que isso; mas não deixa de trazer algum desconforto uma avaliação pouco meritória, com ou sem razão.

domingo, 5 de dezembro de 2010

a tempo e horas

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Está um Domingo muito chuvoso. Um dia de Inverno aborrecido, também porque escuro e frio.
As tardes de Domingo são quase sempre passadas em casa, mas nem sempre, no seu todo, em comunhão familiar. Há sempre aquela parte, em que uns e outros nos vamos solitariamente ocupando a planear quer a semana de trabalho quer a de outros compromissos, e também aquela parcela que pretendemos de lazer. Hoje, estando eu nesta parte, revivi a "matinée" da última sexta-feira.
Foi preenchida pelo filme "A Tempo e Horas", que é uma história cómica, uma "road story" cheia de disparates e lugares comuns. Mas eu estava mesmo a precisar de qualquer coisa parecida com isto. Coisa leve, divertida, cómica.
Resumidamente, a acção desenrola-se durante uma viagem de carro ao longo dos States, Atlanta – Hollywood, protagonizada por um feliz e ansioso futuro pai, com pretensões a assistir ao nascimento do seu primeiro filho, acompanhado por um estranho e desconhecido candidato a actor.
Estou a lembrar-me de momentos em que soltei sonoras gargalhadas, fazendo coro com os co-assistentes na sala. O riso também é contagioso, mas o filme tem passagens que francamente as provocam. Para quem se quiser rir, relaxar e descontrair, pode valer a pena dispor de 92 minutos no escurinho do cinema, acompanhado de alguém preferencialmente divertido.
Esta comédia tem realização de Todd Phillips, e os principais protagonistas são Robert Downey Jr., Zach Galiflanakis e Michelle Monaghan.
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Trailer de "A Tempo e Horas"
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sábado, 4 de dezembro de 2010

grande porca

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A grande porca, o grande papagaio e a galinha choca.
De Bordalo a César, o que mudou?
Algures a meio do Atlântico descobriram em tempos uns destemidos navegadores portugueses umas ilhas, a que vieram a chamar Ilhas dos Açores. Povoaram-nas, para lá enviando várias gentes, incluindo ao que se diz, hereges, ladrões e assassinos. Para lá continuam a despejar do O.E. da República, várias centenas de milhares de euros.
O O.E. 2011 impõe a "todos" os funcionários públicos portugueses e "demais" trabalhadores das empresas e organismos públicos, como consequência da crise, leia-se dívida pública, fortes medidas de austeridade e cortes nos vencimentos, que variam em função dos mesmos por eles auferidos.
Pois bem, o Governo daquelas ilhas resolve compensar, subsidiar, "os seus ..." na exacta medida dos cortes previstos. Daqui resulta que "todos" os portugueses.... pagarão a crise, menos os das ditas ilhas.
Por mais voltas que se dê, e por mais justificações que se arranjem, isto é uma clara violação do princípio da igualdade, gravado na CRP. Inventem os argumentos, descubram as manigâncias, tudo que imaginar se possa, isto é aquilo a que Bordalo chamava a Galinha Choca e a Grande Porca.
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O executivo açoriano, ao criar uma remuneração compensatória que cobrirá integralmente a perda de vencimento dos "seus 3700 funcionários", que até têm um rendimento mensal entre 1500 e 2000 euros, está a desencaminhar do O.E. donde colhe, uma parte do que para lá pinga proveniente do bolso de todos nós. Até dos que ganhando à volta dos 700 € estão no primeiro escalão de IRS.
É preciso descaramento, ....

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

frio, falperra e fome

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Arrefecida e angustiada, com as notícias que nos vão sedando, anestesiando e atormentando, graças à imperícia, ganância e bazófia duns tantos politiquetes da nossa praça, andará também a sociedade civil, sobretudo aqueles dos seus membros que receiam pelo futuro das suas ( nossas ) crias.
Segundo se pode ler no jornal I on line, na maioria dos distritos de Lisboa, Setúbal, Coimbra, Porto e Faro, a pobreza duplicou nos últimos três a cinco anos, atingindo quase metade das crianças dos grandes centros urbanos.
« A pobreza nas escolas públicas é como uma doença que alastra e não dá sinais de recuar. Seja no distrito de Lisboa, de Coimbra ou de Faro, a população escolar carenciada a frequentar o 1.o ciclo e os jardins-de-infância representa na maioria dos casos quase metade dos alunos entre os três e os dez anos.
Quatro em cada dez crianças são pobres na maioria das cidades de Lisboa. Seis em cada dez alunos das escolas da Amadora vêm de famílias pobres. Na capital, a pobreza atinge este ano 49% das crianças inscritas nas escolas primárias e na rede do pré-escolar. A fome também cresce todos os anos no distrito de Coimbra, que vê a população a diminuir e o número de crianças carenciadas a aumentar.
A escola pública é cada vez mais o lugar dos alunos que não têm mais para onde ir. »
Talvez possam ir ..... trepando no arco-íris.
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fotografias tiradas hoje à tarde no Castêlo da Maia
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saraiva, neve e frio

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O Norte e o Centro do país estão branquinhos, cobertos de neve e granizo.
As temperaturas oscilam entre os positivos e os negativos, mais estes do que aqueles.
Aqui, por onde me encontro, bem pertinho da cidade do Lidador, também está um frio de rachar. Na verdade, e até não sendo frequente, aconteceram pelo escuridão da noite esses fascinantes fenómenos da natureza, que enfeitiçam na idade dos calções, maravilham na idade das preocupações, e emocionam na idade das recordações. Choveu, granizou e nevou.
Pelas nove da manhã, o jardim do vizinho do meu vizinho ainda estava deste modo.
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.E assim se estranhava e contemplava a vizinhança, onde por vezes se faz exercício, .... suave, suavemente....
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

a paixão e a aversão

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F.C. Barcelona 5 – 0 Real Madrid
Sou madridista desde que me lembro de me interessar pelo futebol espectáculo, quer como assistente, quer como praticante amador. Em Madrid sempre houve excelentes executantes, agora estão em Barcelona. Em Madrid está um treinador inteligente, trabalhador, excelente comunicador e exímio "malabarista". Arrogante, presunçoso, e chico-esperto também. Estão ainda – estiveram no jogo de hoje – um grupo de fiteiros e espancadores, que só a compaixão do homem do apito levou até ao fim do mesmo, com excepção de um, expulso já nos descontos.
Os comentários durante e ao espectáculo, de Rui Pedro Rocha e Jorge Castelo, na SPORTV, foram de um facciosismo bacoco, tonto e inglório, sempre enaltecendo, protegendo e desculpando os intervenientes Lusos. Porquê tão exagerada dilecção patrioteira? Inventaram um penálti sobre Ronaldo, quando é este que se atira sobre o guarda-redes adversário, desculpam uma cotovelada de Carvalho, que só admitem depois da terceira repetição. Enfim, um repercutido proselitismo imbecil de transferência. O Real jogou mal, o que Mourinho reconheceu no final do jogo, e os portugueses jogaram mal também.
Por cá, aquilo que eles gostariam que fosse penálti, marca-se , mas a favor só de alguns, daqueles por quem eles carpem.... Por aqui a batota é chão que tem dado muitas "uvas".... sem e com bolas de golfe..... e maçãs....e pedras....
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foto do jornal ABola
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O Barça fez uma demonstração da sua superioridade sobre o Real que, quanto a mim, ficou magra na expressão dos 5 a 0 finais. E, o Real pode agradecer ao árbitro sair de "Camp Nou" com apenas um jogador expulso, Sérgio Ramos.
Nunca simpatizei com o F.C.Barcelona, e continuo a não simpatizar.
Sempre gostei do Real Madrid, muito, mas a minha aversão à batota é infinitamente maior.....
Por isso, diverti-me a ver o jogo e o génio do melhor do mundo, Lionel Messi.

domingo, 28 de novembro de 2010

proder e faots

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No separador notícias do portal da cmav, vem esta que aqui vos deixo. Apesar de já ter alguns dias, não perdeu actualidade, porque o prazo das candidaturas só termina a 30 de Dezembro de 2011. Os interessados poderão, ainda, ter tempo de as aprontar e apresentar até aquela data limite.
« Na passada segunda-feira, 15 de Novembro, a Câmara Municipal, representada pelo vereador Pedro Teixeira, e a ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima, representada pelo Presidente da Instituição, Francisco Calheiros, realizaram uma sessão de divulgação e sensibilização no âmbito do Eixo 3 do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural, no Centro Municipal de Informação e Turismo da Autarquia, na qual também participou a ACIAB - Associação Comercial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, representada por Francisco Araújo. Nesta sessão aberta a todas as pessoas ligadas ao Turismo, Agricultura e pretensos investidores, Francisco Calheiros, esclareceu todos os presentes sobre as condições para se poderem candidatar a apoios para a diversificação de Actividades na Exploração Agrícola; para a Criação e Desenvolvimento de Microempresas; para o Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer, para Serviços Básicos para a população rural, assim como para a Conservação e Valorização do Património Rural. O próximo dia 30 de Dezembro é a data limite que todos os interessados têm para submeterem as candidaturas a estas quatro acções. »
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Num outro local também pode ler-se que:
O vereador do pelouro do turismo, Pedro Teixeira, reuniu-se a 3 de Novembro com alguns dos produtores do concelho, fazendo-se acompanhar por um técnico da ARDAL - Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima e pela técnica responsável pelo serviço de turismo do município. Um dos temas abordado foi a realização da Feira de Soajo 2011, - FAOTS, 2011* - tendo ficado decidido realizar-se de 5 a 7 de Agosto e reger-se pelos moldes dos anos anteriores.
* Feira das Artes e Ofícios Tradicionais de Soajo, 2011

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

a música do soajocity

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A noite está fria, e a música é uma boa companhia nestes longos serões. Tão longos que até "obrigam" a passar, no som ajustado, pelos vários géneros, dos menos aos mais comerciais, da clássica ao rock, passando pelo jazz, blues, soul, country, dança, pop,... e por um muito suave "simbalino", acompanhado de um "courvoisier", pela metade...
Com os olhos nos jornais electrónicos e os ouvidos na música, assim vai o serão.
Assim....
Portugal está a deixar sair a geração mais qualificada.
« Sendo Portugal um país com baixa qualificação académica da sua força de trabalho - e tendo em conta a importância da formação num mundo cada vez mais competitivo -, o número crescente de licenciados a saírem das universidades deveria ser uma boa notícia. Mas não é.
No actual cenário de crise, os jovens são os mais prejudicados pela extinção de postos de trabalho e, entre eles, os que investiram na formação académica são exactamente os que se deparam com mais portas fechadas.
Com poucos (e maus) empregos à sua espera, não espanta que muitos jovens optem por deixar o país. O fluxo da emigração atingiu nesta década valores só comparáveis aos do êxodo dos anos 60 do século passado e os números só baixaram nos últimos dois anos porque a crise também se faz sentir lá fora.
Mais preparados, em muitos casos até com relacionamentos cultivados em programas de intercâmbio estudantil, os licenciados estão na primeira fila dos que olham para lá das fronteiras.
O mercado de trabalho é global.»
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Canudo já não garante emprego.
Mas a cultura assegura vantagens.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

igualdade assassina

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Este, é mais um, comportamento vergonhoso do bloco central, ou centrão, porque.....
Nestas excepções estão precisamente aquelas camadas da função pública que mais auferem; ou seja, os mais bem pagos são os que são isentados de contribuir para a crise!
Igualdade assassina
« "Aldrabice", "manobra" e "vergonha" foram as palavras usadas ontem pelo PCP, BE e CDS para qualificar o negócio que o PS e o PSD fizeram sobre uma lei que abre excepções nos cortes salariais na Função Pública. E têm razão!
A história é simples: tudo o que é empresa pública (TAP, Caixa Geral de Depósitos, Refer, REN, por aí adiante) passa a ter a possibilidade legal de escapar aos cortes salariais. Aquilo que a que o ministro Jorge Lacão chama uma mera "adaptação" a regimes contratuais diferenciados é um verdadeiro assassinato do pouco que já restava de uma ideia de igualdade entre cidadãos. Esta é, aliás, uma história exemplar do pântano gerado pelo Bloco Central dos Interesses.
Nesse mundo imenso do sector empresarial do Estado, feito de fundações, institutos e empresas, mandam os ‘boys’ dos dois partidos. São eles que criam as contrapartidas em concursos e concessões para os financiadores dos dois partidos. Ou seja, têm um poder de pressão (e de chantagem) não subestimável. Assim sendo, que interessam 600 mil funcionários públicos? Que interessa a ideia de que os cortes "são para sempre" se para esta gente nem são para hoje!? Como é possível ainda alguém acreditar nestes políticos que têm do País e dos portugueses uma visão maniqueísta de filhos e enteados? »
Estas excepções, ou adaptações como lhe chama o Governo, aos cortes salariais em empresas do Estado ou participadas pelo Estado, foram aprovadas na especialidade na terça-feira. Nestas excepções estão precisamente aquelas camadas da função pública que mais auferem, ou seja, os mais bem pagos são os que são isentados de contribuir para a crise!

demografia 2009

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algumas curiosidades estatísticas segundo o INE, vistas por:
- jornalIonline
- economia e finanças
A população residente estimada é de 10.677.713 indivíduos.
O índice de envelhecimento voltou a agravar-se existindo agora 118 idosos para cada 100 jovens;
A esperança média de vida à nascença é de 75,80 anos para homens e 81,80 para mulheres;
A 31 de Dezembro do ano passado, a população residente em Portugal era constituída por 15,2 por cento de jovens, com menos de 15 anos, 17,9 por cento de idosos, pessoas com 65 e mais anos, e 66,9 por cento de população em idade activa, entre os 15 e os 64 anos.
O número de casamentos continua em queda sendo cada vez mais comuns os casamentos entre nubentes que já têm residência comum (39,2% dos casamentos).
Em 2009 realizaram-se 40 391 casamentos, menos 2837 do que no ano anterior, e foram decretados 26 464 divórcios, número até Junho, mais 70 do que em 2008.
A idade média dos noivos continua a aumentar, situando-se em 2009 nos 33,4 anos para os homens e nos 30,8 anos para as mulheres. Em 2008 era de 32,6 anos e 30,1 anos, respectivamente.
O índice sintético de fecundidade (ISF) registou o valor mais baixo de sempre, atingindo o valor de 1,32 crianças por mulher em 2009;
Em 2009 morreram mais pessoas do que aquelas que nasceram o que implicou um saldo natural negativos de quase 5 mil indivíduas;
O número de estrangeiros a viver em Portugal aproxima-se do meio milhão.
A população imigrante é significativamente mais jovem e nela predominam os Brasileiros (25,5% do total de estrangeiros).
Portugal não tem hoje um perfil definido em termos migratórios; o INE avança com uma estimativa de saldo migratório positiva da ordem das 15 mil entradas líquidas em Portugal. Um número exíguo que, associado à particular dificuldade na estimação dos movimentos migratórios internacionais legitima a dúvida de saber se somos um país de emigrantes ou de imigrantes. Provavelmente seremos as duas coisas.

o fosso entre ricos e pobres

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De acordo com um estudo do FMI, segundo escreve o jornal ionline, o fosso entre ricos e pobres esteve na origem da actual crise financeira. O Fundo, FMI, conclui que as desigualdades de rendimento contribuíram para o choque de 2008 e aponta no sentido de que as políticas redistributivas são mais eficazes que "resgates ou reestruturações de dívida".
Eu pergunto, e porque não começar já a montante, das complementares, embora também e/ou quando necessárias, políticas redistributivas ? Ou seja, nos salários reais mais justos, e com menor leque salarial ? Quanto mais justa for a política de distribuição de rendimentos, menos ênfase será necessária para a chamada política de redistribuição! E menos peso terão as políticas fiscais, orçamentais e sociais, tantas vezes manipuladas, na referida redistribuição. La Palisse.
O leque de distribuição de rendimentos português apresenta uma desigualdade gritante, das maiores entre os países desenvolvidos, e ao contrário do que se propala e propagandeia, tem vindo a aumentar.
A notícia, abaixo resumida, está aqui.

« O crescimento do fosso entre ricos e pobres esteve na base da crise financeira actual e da Grande Depressão dos anos 30. Segundo um estudo feito pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), há uma relação causa/efeito entre uma maior desigualdade na distribuição de rendimentos e a criação de condições para o surgimento de uma crise financeira. Processos que ocorreram nos anos 20, antes da Grande Depressão, e agora, antes da explosão da crise financeira.
Michael Kumhof e Romain Rancière, economistas do FMI, explicam que ambas as crises foram precedidas por uma série de factores, nomeadamente um aumento considerável da percentagem de rendimento detida pela (pequena) fatia mais rica da população, bem como o aumento do recurso ao crédito e ao endividamento por parte do resto da população.
O estudo é feito a partir de dados da economia norte-americana. No entanto, o modelo foi replicado em grande parte dos países desenvolvidos. Segundo dados do Eurostat, Portugal é o segundo país da zona euro com maior desigualdade na distribuição de rendimento entre os 20% mais ricos e 20% mais pobres, apenas ultrapassado por Espanha.
O mais que discutido aumento do crédito subprime, apontado como responsável pela crise, é uma consequência deste mecanismo. Entre 2001 e 2006, o peso dos empréstimos subprime subiu de menos de 4% para 15% do total.
Os técnicos do FMI recomendam que sejam postas em prática políticas redistributivas preventivas que impeçam o endividamento excessivo. Um caminho mais desejável do que remediar as crises através de "resgates ou reestruturações de dívida" ».

sábado, 20 de novembro de 2010

OTAN / NATO

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O tempo não para. Outrora separados, EUA e URSS, liderando respectivamente as organizações NATO e Pacto de Varsóvia, são hoje países em cooperação nos mais diversos domínios.
A dita Guerra Fria faz parte das velharias que a história se encarregará de nos fazer compreender, e de nos fazer esquecer. Sim, porque a desconfiança, o receio, o medo e os perigos reais de um desentendimento efectivo entre as duas grandes potências aconteceram. Houve mesmo episódios localizados, mais quentes que frios, de pequenos parceiros aliados, servindo ou ao serviço dos interesses dos grandes mandões.
Felizmente, os tempos são outros! Já não existe Pacto de Varsóvia.
E, segundo se diz hoje por Lisboa no âmbito da cimeira da NATO, pela primeira vez na história, a NATO e a Rússia, os dois blocos inimigos da Guerra Fria, vão colaborar no âmbito do sistema de defesa anti-míssil.
Aplaudo este entendimento e colaboração e cooperação, na sequência aliás de outros, como seja a cooperação na exploração do espaço.
E se outrora as manifs anti-NATO me pareceram legítimas, oportunas e sensatas, as que hoje vão acontecendo por Lisboa são indiciadoras de uma falta de tino e de razão confrangedoras.
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foto Público
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Mais, parecem-me exposições de um folclore presunçoso, bacoco e inútil.
Há tantas causas, sérias, nobres, vigentes, a precisarem de militância, de entrega e activismo, que como diz um conhecido comediante, não havia precisão de inventar esta necessidade de chamar à atenção.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

a fuga continua

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A fuga ..... aos impostos continua.
Várias empresas preparam alternativas para evitarem pagar mais impostos nos dividendos.
Sem qualquer pudor, empresas de quem se esperaria mais responsabilidade social, num tempo que a todos chama, porque de todos exige mais comprometimento, dessolidarizam-se dos seus concidadãos da forma mais mesquinha, traiçoeira, avara e cobarde.
São vários os estratagemas que alguns grupos económicos estão a estudar, tais como, reestruturar participações, mudar a sede para fora de Portugal, ou pagar dividendos já este ano, para evitarem pagar mais impostos nos dividendos.
Eis alguns exemplos, ou casos, já auto-anunciados, destacando-se pela dimensão empresarial os seguintes:
A Sonae SGPS, Portugal Telecom, Portucel, Jerónimo Martins, ...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

em prol do território

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O jornal Público escreve hoje:
« Alunos de Sendim apanham sementes autóctones para mais tarde replantar.
Cerca de 40 alunos e professores da escola EB2/3 de Sendim, Miranda do Douro, recolheram ontem sementes de plantas autóctones que vão ser colocadas numa estufa para germinar e mais tarde ser replantadas no seu habitat natural.
A acção, que decorreu nas arribas do rio Douro, junto à albufeira da barragem de Picote (Miranda do Douro), foi promovida pela EDP, empresa que tem em curso um projecto que visa distinguir as plantas nativas da região, recolher as respectiva sementes e enviá-las para estufas experimentais situadas na região de Setúbal.
As mesmas sementes, após um processo de “germinação e crescimento” regressarão ao seu meio de origem, onde serão “replantadas e apadrinhadas” pelos alunos que as recolheram numa acção programada para o ano lectivo de 2011/12. »
É uma boa notícia cujo conteúdo se pode – deve – imitar.
Em prol do nosso território.
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Serra de Soajo - coração do PNPG - o Baleiral e a Peneda lá ao fundo.
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Estas boas práticas conduzem a melhorias na valorização do património natural, ao mesmo tempo que desenvolvem e enriquecem a consciência cívica dos jovens.
E assim se pode, fácil e economicamente, fomentar o gosto pela natureza e o amor à biodiversidade autóctone, ao mesmo tempo que se protege o ambiente.
Os bons exemplos são sempre para seguir.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

a música do soajocity

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Por aqui o tempo está chuvoso.
Não é uma tempestade, mas ainda assim chateia, ....
esta chuvinha molha tolos, e todos.
Já que não a podemos impedir, acompanhemo-la com música.
Somewhere over the Rainbow / what a wonderful world
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

resolução da AR nº 118/2010

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A Assembleia da República aprovou a 08/10/2010 uma resolução sobre as áreas protegidas e incêndios florestais, que fez publicar no DR a 12 de Novembro de 2010. É uma resolução que numa primeira leitura se expõe muito "prometedora" para aqueles território, para o Parque Nacional da Peneda Gerês ( PNPG ) e para os seus residentes.
Resta saber se o Governo a respeitará, e mais do que isso, se lhe dará conteúdo, por outras palavras se a materializará, se a executará, em tempo e modo.
No que ao PNPG diz respeito tem especial interesse o número 2 do II parágrafo, que manda suspender o respectivo plano de ordenamento, conforme se transcreve de seguida.
« 2 – Os planos de ordenamento das diversas áreas protegidas devem ser revistos no quadro das orientações atrás referidas. Os processos de revisão de planos de ordenamento não concluídos, como sucede com o do Parque Nacional da Peneda Gerês, devem ser suspensos, para que seja possível o aprofundamento da audição e participação das populações, autarquias, conselhos directivos de baldios e outras entidades envolvidas na sua elaboração.»
Estou convencido que seria muito vantajoso que esta suspensão não se prolongasse no tempo.
Numa leitura da resolução, na integra mas aligeirada, permito-me destacar os seguintes elementos principais:
1. participação efectiva das comunidades residentes na direcção e gestão dos parques;
2. favorecimento dos residentes, primeiros e principais destinatários das políticas públicas para os parques naturais;
3. condicionar à livre negociação com as populações qualquer nova limitação ou restrição das actividades económicas, sociais ou outras, que impeça, dificulta ou limite a exploração de potencialidades e recursos do território;
4. reduzir e simplificar os actuais e exagerados pedidos de autorizações e licenciamentos nas actividades dos moradores;
5. impedir o aumento dos custos directos e indirectos decorrentes da residência e de trabalho no território;
6. isentar os residentes do pagamento de qualquer taxa que seja directamente afectada à administração, conservação e desenvolvimento do parque;
7. respeitar a dominialidade das terras na coabitação das três formas existentes: pública, comunitária – baldios – e privada;
8. compensar os residentes, inclusive com benefícios fiscais, por impedimentos, - proibições, limitações ou condicionamentos – no uso e exploração de recursos e potencialidades do território;
9. reforçar a prevenção e a vigilância no combate aos incêndios;
10. incrementar a actividade agrícola e a pastorícia, e favorecer a realização de queimadas em condições e períodos adequados;
11. reforçar e valorizar os recursos humanos, - vigilantes da natureza, sapadores florestais, bombeiros, ... - privilegiando o seu recrutamento entre as populações residentes;
12. promoção de uma politica agro-florestal adequada e incentivadora das actividades agrícolas, pecuárias e florestais no interior dos parques, combatendo a sua desertificação económica e humana, reforçando o apoio aos agricultores e pastores;
13. as medidas de emergência anunciadas pelo Governo – ao tempo dos incêndios – devem aplicar-se a todas as áreas atingidas, e assegurar a reposição do potencial produtivo destruído ( instalações, equipamentos, gados e culturas );
14. mobilizar meios para programas de florestação e repovoamento no âmbito do PRODER, discriminando positivamente as espécies autóctones;
15. reforçar o âmbito e o nível dos apoios aos agricultores nas áreas protegidas;
Qualifiquei-a acima de "prometedora", é o que dela penso, mas também sei que nunca será levada à prática como está escrita. Resta esperar para ver, o que também nós, os residentes, seremos capazes de "negociar".

o que se diz...., e escreve

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Hoje pode ler-se,......e também se ouve dizer:
- temos um governo de loucos.......Medina Carreira ex-ministro socialista;
- Há muitas pessoas ricas em Portugal e em países similares que poderiam pagar mais impostos para ajudar a cobrir o défice..... Hans-Werner Sinn, presidente do instituto IFO, e um dos mais importantes economistas alemães;
- Viver de fundos emprestados é como tomar drogas. Não é saudável...Hans-Werner Sinn;
- Milionários da bolsa isentos de impostos, « 896 milhões é quanto a PT vai distribuir aos seus accionistas ( ricos, c/ mais de 10% do cap. social) a título de ‘dividendos extraordinários’, ainda este ano. Teixeira dos Santos apenas lamenta, enquanto ao trabalhador por conta de outrem ( no limiar da pobreza) arrecada todos os meses mais de 40 por cento do ordenado;
- tão autoritários para uns e tão medrosos para com outros,.... digo eu;
- Os empresários da construção civil criticam a falta de transparência nos "concursos relâmpago" para obras públicas. Escreve-se no «Diário de Notícias» e no «Público» que há grande insatisfação na Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário pelo que dizem ser a falta de rigor na gestão do erário público, devido à pouca transparência e igualdade daqueles concursos, em que os prazos concedidos para apresentação de propostas oscilam entre as 24 e as 72 horas.
- Escreve-se no «Diário de Notícias» que o Governo fez 270 nomeações em mês e meio, precisamente desde que anunciou o pacote de medidas de austeridade conhecido como «PEC III». Todos os dias "nascem" mais .... boys and girls.
- Indemnizado com valor três vezes superior ao previsto na lei.
Cento e dez mil euros.
Foi esta a indemnização recebida pelo motorista do presidente da Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL), um valor mais de três vezes superior ao previsto na legislação do trabalho. O trabalhador, primeiro como servente, depois como lavador de carros, e mais recentemente como motorista é apontado como militante socialista e casado com uma funcionária da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, escreve o Público citando o Correio da Manhã.
- Emanuel dos Santos secretário de Estado do Orçamento afirmou durante uma intervenção no debate promovido pela Ordem dos Economistas sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2011, que haverá aumento do crescimento da despesa pública devido aos agravamentos dos juros da dívida. Ora, mesmo com previstos orçamentos de gestão dos empreendimentos que antevêem défices de manutenção, o ministro das Obras Públicas reafirma que o TGV vai avançar e o novo aeroporto também. Continuará para isso a endividar-nos ainda mais, e a obrigar-nos a pagar juros cada vez mais elevados, ... e aos nossos filhos, ... e aos nossos netos,....
Mas, ao contrário do que se diz, tudo tem volta, e sempre se pode fazer algo pelo País.
Eça tinha razão quando dizia que "os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão".
Há que não desaproveitar o seu pensamento, começando por varrer os políticos medíocres em nome da qualidade da democracia.

diabetes

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Comemorou-se ontem o dia mundial da diabetes.
Esta doença apresenta-se sob dois tipos, 1 e 2, com diferente gravidade sanitária, sendo que qualquer deles é fortemente penalizador. É uma doença traiçoeira e cobarde, como eu a maldigo, porque não se mostra, não se manifesta, antes nos envolve invisível e sorrateiramente, pelo que dela apenas nos damos conta já em estado evolutivo adiantado.
Das suas causas e consequências não vou escrever. Não sendo especialista na matéria não pretendo propagandear a minha ignorância, nem induzir alguém em engano, e muito menos fazer concorrência aos profissionais da medicina.
Quero tão só constatar a efeméride, e manifestar a minha preocupação com uma doença muito grave e que ataca cada vez mais cedo.
A diabetes tipo 1 está a aumentar em Portugal, e a manifestar-se em crianças cada vez mais jovens, incluso com idades inferiores a cinco anos, tendências que se verificam em Portugal e no resto do mundo. As previsões da Sociedade Portuguesa de Pediatria apontam mesmo para que em 2020, tendo por base 2005, a incidência de diabetes tipo 1 duplique nas crianças portuguesas com menos de cinco anos.
Andam intimamente relacionadas com esta enfermidade a pré-obesidade e a obesidade, pelo que todos os cuidados serão sempre poucos com a alimentação infantil. E dos adultos também.

domingo, 14 de novembro de 2010

scuts

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Polémicas à parte, examinemos a disposição legal que de alguma forma suaviza o nosso desconforto, já que tem interesse para nós, arcuenses e minhotos, uma vez que vamos arcar com as suas novas taxas.
A Portaria n.º 1033-A/2010 “estabelece um regime de discriminação positiva para as populações e empresas locais, com a aplicação de um sistema misto de isenções e de descontos nas taxas de portagem das novas auto-estradas do Norte Litoral, do Grande Porto e da Costa de Prata“, antigos itinerários sem custos para o utilizador (SCUT).
O que dizem os nº 3 e 4 do artº 2º desta portaria:
“3 – Para beneficiar do regime de discriminação positiva, no momento da aquisição do dispositivo electrónico associado à matrícula ou da conversão de um dispositivo de uma entidade de cobrança de portagens em dispositivo electrónico associado à matrícula, o utilizador tem de comprovar a morada da sua residência ou da sua sede, mediante a apresentação do título de registo de propriedade ou do certificado de matrícula, ou, no caso de veículos em regime de locação financeira ou similar, de documento do locador que identifique o nome e a morada da residência ou da sede do locatário.
4 — Os utilizadores previstos no número anterior têm de comprovar, periodicamente, junto dos distribuidores retalhistas ou das entidades de cobrança de portagens, que continuam a reunir as condições para beneficiarem do regime de discriminação positiva previsto na presente portaria.”
Eis os concelhos abrangidos por descontos na, Ex-SCUT, AE Norte Litoral:

Arcos de Valdevez --- Monção --- Valongo
Barcelos --- Paredes de Coura --- Viana do Castelo
Caminha --- Ponte da Barca --- Vila do Conde
Esposende --- Ponte de Lima --- Vila Nova de Cerveira
Gondomar --- Porto --- Vila Nova de Famalicão
Maia --- Póvoa do Varzim --- Vila Nova de Gaia
Matosinhos --- Trofa --- Vila Verde
Melgaço --- Valença

criminal e civil

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Diz-se que a forma como o Governo renegociou os contratos com os concessionários das ex-scuts, transformando-as em novas AEs, só vai dar lucro às empresas concessionárias, e prejuízo ao Estado, uma vez que o dinheiro das portagens não chegará para pagar a renda anual aos concessionários.
Enquanto não houve portagens, o Estado pagava uma renda variável aos privados concessionários das SCTU, em função do volume de tráfego. Se houvesse pouco tráfego, o risco e o prejuízo eram dos concessionários.
Mas o Governo, para introduzir as portagens, renegociou os contratos. A renda a pagar aos privados subiu e passou a ser fixa. O Estado ficará com a receita das portagens, mas esse dinheiro não chegará para cobrir a nova despesa, situando-se à volta de 30 a 40 %, da renda que a EP ( Estradas de Portugal ) vai pagar às concessionárias, de acordo com o maior especialista português em auditoria às parcerias público-privadas, o ex-juíz do Tribunal de Contas português e europeu, Carlos Moreno.
Se isto, notícia e facto, se confirmar, aqui teremos um exemplo quanto a mim perfeitamente enquadrável nas ditas....
responsabilidades.

sábado, 13 de novembro de 2010

responsabilidades

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Sempre acatei, defendi e proclamei as igualdades, de tratamento, de oportunidade e quejandas, de todos, mas mesmo todos, os cidadãos. Quer nos direitos, quer nos deveres, quer nos actos. Amargura-me que gente, aparentemente de bem, com inscrição e pavoneio em partidos políticos que se dizem democráticos, descarte de forma tão "simplória" aqueles valores.
A responsabilidade civil e criminal, por acções e omissões decorrentes do exercício de uma qualquer normal actividade, é hoje um princípio absolutamente inatacável, consolidado e irremovível. Por que carga de água, ou milagre, haver(íamos)emos de isentar dessas responsabilidades, aqueles a quem foi dado o supino privilégio da gestão do nosso destino, do nosso dinheiro, da nossa saúde, da nossa educação, da nossa justiça, da nossa segurança, e que a si mesmos se apodam de fazedoras n(uma)a nobre profissão política?
Profissão que foi abraçada voluntária e deliberadamente quando nos partidos políticos se inscreveram, ou a eles se associaram, que como sabemos, são organizações vocacionadas para a conquista e exercício do poder. E porque o têm, não raro com prontidão e ventura, a si próprios se atribuem remunerações, subsídios, probendas, mordomias e outros proventos e regalias que nunca estarão ao alcance dos demais seus parceiros sociais.
A uma tal panóplia de benesses é legitimo que se faça corresponder o exercício das respectivas funções com zelo, seriedade, prontidão, assiduidade e entrega. Quando, e se o Povo prejudicam, por inaptidão, por desmazelo ou relaxamento, é da mais elementar justiça que àquele assista o direito não só de substituí-los, como também de poder exigir-lhes uma compensação civil e uma responsabilização social, pelos prejuízos e danos causados. Com que tantas vezes até se locupletaram!
As sociedades são dinâmicas, reformam-se nos tempos e nos modos inovando os valores e as normas, numa adaptação conforme aos novos tempos procriados nos tempos novos. São chegados os tempos, assim novos de regras, normas e valores, que nos impedem de continuar a admitir que nos desvalorizem, diminuam e desprestigiem, até ao ponto em que não só valemos menos como temos tratamento inferior ao dado a um mero contrato de compra e venda, de um vulgar pacote de margarina, numa qualquer superfície comercial.
Porque se nos incutem e impõem o dever de pagar, e como pagamos, impostos, coimas, multas, derramas, taxas, taxa municipal de ocupação do subsolo, taxa municipal de direitos de passagem, taxa de audiovisual, taxa de resíduos sólidos, taxa de recursos hídricos, taxa ...., assiste-nos a mais criteriosa legitimidade de que nos reconheçam o direito de saber como foi o fruto do nosso suor utilizado, se bem ou mal, bem como de pedir contas, para além das políticas, de efectivas incompetências e/ou desmazelos.
Basta lembrar que nunca, como neste período, Portugal teve desigualdades sociais tão gritantes, tais níveis de peculato e desemprego, a par da mais grave crise financeira do pós 25 de Abril.
A ideia ainda será peregrina. Mas as caminhadas longas e as causas justas começam sempre com pequenos passos e reduzido número de conspiradores.
Já vamos sendo alguns, como aqui se comprova.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

a caterva

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De vez em quando precisamos de um pouco de introspecção, para de nós podermos cuidar. Para também melhor podermos responder, quer às questões mais simples quer às mais sérias, que a(s) nossas comunidade(s) nos vão constantemente colocando.
É também assim que se pode justificar a descontinuidade com que aqui estou.
Dou-me conta, sem disso ter dado conta, que estive de novo por fora mais de quinze dias.
Mas, - si l'important c'est la rose, - que é que isso importa!
Importa com certeza, e disso muito se fala, a crise, as altas taxas de juros, o FMI, a dívida externa, - tão soberana que de joelhos nos põe, - a bancarrota, o desemprego, o corte nos salários, a subida dos impostos, ... e um não sei mais de quantas contas neste desfiar do rosário de desgraças em que uma caterva de incompetentes nos atolou.
Diz o chefe, da caterva, que não há volta a dar. Talvez! O buraco é assaz fundo e estreito que poderá não consentir qualquer movimento, por mais necessariamente vivífico que seja.
E assim se vai cumprindo o destino da Nação. Por todos ? Ora ouçam lá o Fausto.
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Mas, como tristezas não pagam dívidas, ( nem as externas ), proponho-vos esta ... abstracção.
Ora vamos lá levantar....o ânimo.
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

década perdida

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A notícia vem na agência financeira, que cita o el país.
Portugal foi o terceiro país que menos cresceu na última década.
Foi uma década perdida para Portugal. O nosso país foi o terceiro que menos cresceu nos últimos dez anos, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), citados pelo espanhol «El País».
Na lista dos 180 países analisados, o desempenho da economia portuguesa ocupa o terceiro lugar mas a contar do fim. Pior só a Itália e o Haiti. Há dez anos a economia portuguesa estava no 35º lugar, actualmente está no 38º posto.
A culpa terá sido do descontrolo da despesa pública e da falta de uma política fiscal sólida.
Em razão desta sábia governação o país está no estado em que está, e .....
A intervenção do FMI em Portugal tem sido muito discutida nos últimos tempos, com economistas a argumentarem que esta deve acontecer mesmo se o Orçamento de Estado para 2011 for viabilizado no Parlamento. Vão neste sentido as opiniões de Daniel Bessa que prevê mesmo que essa intervenção ainda poderá acontecer, e de João César das Neves ao afirmar que Portugal devia ter pedido ajuda ao FMI já há um ano.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

contabilizar a indignidade

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opinião
Manuel António Pina, Jornal de Notícias, hoje
Contabilizar a indignidade

«A atribuição ao resistente cubano Guillermo Fariñas do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, com que o Parlamento Europeu (PE) homenageia pessoas ou instituições que se evidenciam na defesa dos direitos humanos e da liberdade, desapontou os eurodeputados portugueses apoiantes de outras candidaturas.
Perder uma votação é (deve ser, mas que sei eu?) frustrante. Mas daí a contabilizar o sofrimento e a humilhação individual para concluir que "o meu violador de direitos humanos é pior que o teu" vai um precipício moral que, como diz Steiner, constitui "uma obscenidade adicional ao acto de despersonalizar a desumanidade".
Foi o que fizeram Ana Gomes, do PS, e Miguel Portas, do BE, proponentes da etíope Birtukan Mideksa, que entendem que, em Cuba, as violações dos direitos humanos, enfim, como dizer?, "não têm a gravidade que noutros regimes têm" e que, na Etiópia, essas violações (tortura, indignidades, prisões arbitrárias) é que são "gritantes". E o que igualmente fez Ilda Figueiredo, do PCP, que patrocinava a ONG "Breaking the silence", que tem denunciado as atrocidades de Israel na Palestina, e acusou o PE de não querer "enfrentar Israel" e se virar para Cuba, que é "mais fácil". Há algo de facto obsceno no espectáculo desta gente sentada nas suas poltronas a fazer contas, de máquina de calcular na mão, ao sofrimento alheio e a decidir quem sofre mais e quem sofre menos.
»

É gente de muito conhecimento e "sabedura", falando do seu dia a dia, do que "sabe e sente", fustigada pelo "chicote do opressor sanguinário" de Estrasburgo e Bruxelas, no chão sentada à beira da estrada, de pés descalços e meias rotas, chorando a barriga vazia de filhos que não consegue alimentar....
Por isso (assim) opina tal como (não) grita.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

da janela do meu quarto

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Foi no inverno passado!
Aos dias amenos e curtos sucediam-se as noites frias e longas. A monotonia era muita, talvez demasiada, se bem que, por razões de cronologia, eu já esteja na fase da vida mais voltada para a contemplação e apreciação das rotinas vagarosas e serenas.
O tempo estava todavia a mudar. Paulatinamente.
Os chuvosos e escuros dias tinham começado a "abrir", e o sol, algo incerto, já transferia o imaginário para outros dias, os do calor, da luz, e das "dianteiras" flores primaveris.
A vida renascia na serra, mas ainda havia neve lá no "alto."
Pela aldeia, as movimentações pouco se faziam notar, tudo decorria pacata e vagarosamente.
De olhar distraído, à janela do meu quarto, dei por mim alcançando o horizonte.
A monotonia do silêncio só fortuita e furtivamente se quebrava. Ah, havia o canto dos pássaros, que saltando de ramo em ramo bailavam com as folhas da laranjeira. E o gato malhado, que lá ao fundo do quintal, secreto e sorrateiro por entre as ervas daninhas, acometia sobre os pardais mais distraídos. Até na caça aos ratos dos celeiros e anexos é um perito, raramente falha a refeição. É ágil e rápido, forte mas meigo. Nos seus tons branco e preto é um bonito felino. Sempre preferi os cães aos gatos mas, gosto deste bichano. Não gosto é dos pardais, porque não cantam, e porque fazem os ninhos nos telhados e beirais entupindo as canalizações da casa.
Já não lembro o epílogo do seu, dele gato, desempenho nesse dia. Alguém que conduzia o rebanho para o repasto diária em terrenos mais além, passou incendiando a monotonia. Era uma voz determinada, feminina e jovem, afoitando os animais para um passo mais rápido. O tilintar continuado dos chocalhos, qual melodia pastoril, também denunciava a pressa que teria(m) em "fazer o caminho". Não lhe distingui a figura por estarmos em planos desnivelados e ter a linha de visão estorvada. Assim acontece nas povoações se, e quando, em "socalcos". Também não consegui reconhecer-lhe a voz. Desta sorte, não pude saber de quem se tratava.
O relógio na torre da igreja batia, com três dissemelhantes notas e com aquele típico som côncavo dos dias húmidos e cinzentos, a meia daquela hora qualquer. Os sons do grupo iam ficando cada vez mais fracos, até que desapareceram. Eu regressei ao cantar da passarada, e ao suave e monótono balancear que ao vento cumpriam os ramos guarnecidos da laranjeira. O gato malhado já por ali não andava.
À janela do meu quarto, assim fiquei durante a "eternidade" que foi aquele tempo seguinte.
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Embora conhecida, a visão dali abraçada proporciona sempre uma satisfação renovada, e eu estava por inteiro mergulhado na paisagem, ora acinzentada do velho casario, ora verde dos campos. E estava, sereno, silencioso, sossegado,...
Um mimo para a vista, a que se juntava agora, cada vez com mais nitidez e vigor, um apaixonado e nostálgico "cantar de trabalho", vindo de lá de longe. Da cantiga, porque longínqua demais não deslindei a lírica, com frequência delatora de um amor ausente, mas deliciei-me com a melodia. Quase ouso abonar, porque estas "coisas" se adivinham, ser cantada pela jovem que antes passara com o rebanho.
Cantaria para lembrar..., cantaria para esquecer..., cantaria para se divertir..., cantaria para agradar...
O dia seguiu abrindo, e o meu ânimo abriu também graciosamente agradado.
Era o fim do Inverno, .... o início da Primavera.
Não sabia, nem carecia, como e a quem retribuir aquele musicado naco de tarde.
A cantiga era bonita. Quem a cantava, não sei!
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

nós e o mundo

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1.- UE

Seis portugueses ganharam bolsas europeias para investigação.
Seis portugueses vão ganhar até dois milhões de euros numa bolsa dada pelo Conselho Europeu de Investigação, que premeia os melhores projectos a serem realizados na Europa.
De um total de 2873 candidaturas, às quais corresponderá um valor de 580 milhões de euros, foram seleccionados 427 projectos, 6 dos quais de cidadãos nacionais. As áreas de investigação dividiam-se em Ciências da Vida, Ciências Físicas e Engenharia, e Ciências Sociais e Humanidades.
Os países que receberam mais bolsas foram o Reino Unido, a França e a Dinamarca, respectivamente com 79, 71 e 67.
As 6 obtidas por portugueses, a que corresponde 1,4% do total, são manifestamente poucas, mostrando o relativo impacto que a investigação tem na sociedade portuguesa.
A burocracia necessária para os investigadores se candidatarem poderá ter, também, a sua (alguma) importância.

2.- FMI

Foto público

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

licença de isqueiro

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A proposta de Orçamento do Estado para 2011 estabelece que a antiga taxa de televisão - paga nas facturas da luz - passa de 1,74 para 2,25 euros todos os meses. Esta subida possibilitará a revisão em baixa da indemnização compensatória prevista pelo governo para a televisão pública. Isto quer dizer que para reduzir a factura do Estado, o executivo vai elevar a factura do consumidor, acrescentando à subida de 3,8% no preço das tarifas (proposta pela ERSE), o agravamento de praticamente 30% da contribuição audiovisual. Tudo somado, teremos um aumento médio de 4,7% na factura eléctrica das famílias portuguesas, sendo que 31 milhões sairão para a RTP.
Tudo certo, em nome do estado social de direito, da coesão nacional, e para manter estes vencimentos que os impostos de portugueses com salário médio de 777 € terão de pagar, mesmo sem direito a subsídios de telefone, carro, gasolina, cartão de crédito, etc.
E depois de tanta taxa:
taxa de audiovisual;
taxa moderadora;
taxa de resíduos sólidos;
taxa de saneamento;
taxa de ocupação do subsolo;
taxa de utilização do espaço aéreo;
taxa de derrapagem de obras;
taxa de convivência com corrupção;
taxa de .... + taxa de ....
que mais faltará para o regresso da antiga licença de isqueiro?
Vampiros, Zeca Afonso.
Ou será cleptómanos?
Matumbos é que não.

domingo, 17 de outubro de 2010

( in ) dependências

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quando aqui escrevia,

« A fazer fé nas estatísticas que sobre o país se vão publicando, cá dentro e lá fora, temos cada vez mais pobres, e mais ricos. Temos cada vez menos classe média. A Nação está mais pobre, e vai ficar ainda muito mais pobre. Em termos financeiros, económicos, sociais, desportivos, culturais, educativos, motivacionais,...
Em contrapartida avulta a corrupção, a desigualdade, a injustiça,...
Começo a duvidar se ainda iremos a tempo de dar a volta a tanta imperícia, inconsciência, ganância, asneira.»

tinha duvidas!

Acabo de ouvir Marcelo dizer na TVI que quem hoje manda, no nosso país, são os banqueiros internacionais. E não os banqueiros portugueses como pensa Alegre. – Bem, lá que ditam, ditam!
A independência nacional foi atirada pela borda fora, para um qualquer caixote do lixo da história, pela incompetência de quase quinze anos de governação socialista.
Sócrates é o coveiro duma outrora orgulhosa Nação.
No próximo ano a classe média mirrará, inflacionando a multidão dos necessitados que já hoje germinam na nossa Terra.
Metade da população portuguesa passará fome, mas andará de TGV. Como estará desempregada, e de bolsos vazios, sem dinheiro, pagará o bilhete em espécie, por troca directa, com gambozinos.....

Já não tenho dúvidas.....
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a música do soajocity

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Miradouro de Júlio Pereira



in biografia escrita pode ler-se:
Multi instrumentista, compositor e produtor, ao longo de 30 anos de carreira, Júlio Pereira tem norteado a sua preocupação artística por parâmetros que tomam como referência a universalidade das manifestações culturais. O que, de forma nenhuma, contraria a importância do seu trabalho no âmbito da música tradicional portuguesa e da consideração étnica dos sons e das suas raízes.
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O mais recente disco de Júlio Pereira foi distinguido no dia 15 de Outubro pelo Orfeão de Leiria Conservatório de Artes com o prémio “Melhor Disco do Ano”, no âmbito da 18ª edição da entrega dos “Troféus Pedrada no Charco”.

para ver, e ouvir, aqui

http://www.juliopereira.pt/

sábado, 16 de outubro de 2010

sabedoria popular

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Uma anedota que chegou por email; deve circular pela net.
Vendo-a com as virtudes e pelo preço que a comprei!

« Sócrates queria um selo com a sua foto para deixar para a posteridade o seu mandato no Governo deste país que está de tanga. Os selos são criados, impressos e vendidos. O nosso PM fica radiante! Mas em poucos dias ele fica furioso ao ouvir reclamações de que o selo não adere aos envelopes.
O Primeiro-ministro convoca os responsáveis e ordena que investiguem o assunto. Eles pesquisam as agências dos Correios de todo o país e relatam o problema.
O relatório diz:
"Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o povo está a cuspir no lado errado."

a lei... da selva

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opinião
no correio da manhã de hoje
Por:António Martins, Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses

« Este Governo, na sequência dos desgovernos dos últimos 15 anos, esbanjou e desbaratou o dinheiro do Estado e hipotecou-o para além das suas capacidades. Agora, pressionado pelos grandes interesses financeiros e económicos, prepara-se para roubar. Porque, sejamos claros, esta redução de vencimentos é um roubo.
Caso fosse um imposto, devia ser universal e progressivo e não atingir apenas algumas pessoas. Se fosse uma nacionalização ou uma expropriação, daria lugar a uma justa indemnização. Como empréstimo, seria devolvido.
Mas não. O que o Governo pretende fazer é comportar-se como se não existisse Lei nem responsabilidades ou obrigações contraídas e, unilateralmente, quer deixar de cumprir as suas obrigações para com as pessoas, e sem quaisquer consequências. Se as pessoas afectadas deixarem de pagar a renda ou a hipoteca da casa, não estão a seguir apenas o exemplo do Estado?
Mas quem está a pensar "safei-me, os funcionários públicos que paguem a crise" desengane-se, pois é uma questão de tempo. O patronato não vai tardar a exigir que também possa comportar-se como o Estado, usando a lei da selva, isto é, a lei do mais forte.
É esta a sociedade que nós queremos?»

ordenamento do ( no ) parque

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O jornal público de hoje noticia que o Parque Nacional Peneda-Gerês terá novo plano de ordenamento, ainda este ano de 2010.
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soajo, leijó

« A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, garantiu, ontem, no Gerês, Terras de Bouro, que o Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês - que foi muito contestado pelas populações - estará publicado antes do fim de 2010.
O período de consulta pública terminou. Houve muitas sugestões, críticas, negativas e positivas, e, agora, analisados esses contributos e a sua compatibilidade com a legislação comunitária, que é preciso respeitar, está-se a ultimar o documento", afirmou, em declarações aos jornalistas.
A governante falava no final da visita que efectuou ao Parque Nacional da Peneda-Gerês para assistir aos trabalhos que estão a decorrer para recuperação da zona ardida no Verão.
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soajo, coto velho

Dulce Pássaro, acompanhada pelo director do Parque, Lagido Domingues, e pelo presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, deslocou-se às zonas da Pedra Bela e das Levadas para conhecer a extensão da área ardida no Verão e o projecto de reflorestação do programa Carbono Zero, que abrange uma área de 40 hectares, em Fafião, e envolve a plantação de árvores folhosas e algumas resinosas. O programa Carbono Zero vem na sequência do Protocolo de Quioto, "que tem como objectivo fazer o sequestro do carbono", salientou Lagido Domingues.»
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soajo, ramil

« Ordenamento de um território: estudo profundo e detalhado de um território (país, região, etc.) para conhecer todas as suas características e que constituirá a base para a elaboração de um plano cuja finalidade é a utilização racional desse território, ou seja, o aproveitamento das potencialidades, a maximização da produção a par com a protecção do ambiente, visando o desenvolvimento socioeconómico e a melhoria da qualidade de vida.»
em: grande dicionário universal da Texto Editora, 1996 versão 2.0

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

fazer o bem

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opinião
no correio da manhã de hoje
Por: Rui Rangel, juiz desembargador
Estado das Coisas

fazer o bem

« Uma máxima dos princípios democráticos ensina que quem gere a Res Pública deve fazê-lo de boa-fé e norteado por regras de transparência e de rigor. Gerir a coisa pública não é o mesmo que gerir a vida doméstica de cada um. Coisa pública ou causa pública é a vida das famílias, o seu bem-estar, a sua saúde, em suma, os seus direitos e garantias enquanto cidadãos de pleno direito.
É a garantia dos direitos sociais e o respeito absoluto pelos salários. É a vida das empresas que lutam pela sobrevivência e pela manutenção dos postos de trabalho, apesar de terem de conviver com uma carga tributária das mais elevadas da zona euro. Só faz sentido ser governante se for para fazer bem ao povo e para desenvolver o país de forma sustentada e responsável. Ser governante em ditadura não deveria ser o mesmo que governante em democracia. Mas parece que é o mesmo.
O que a democracia está a fazer ao seu povo com estas medidas injustas de austeridade também fazia a ditadura. O Estado tinha, é certo, uma visão miserabilista de si próprio, mas não era despesista, gastador, e havia rigor nas contas públicas. Se o homem das botas tivesse governado em democracia dava uma lição de finanças públicas a todos estes ‘crânios de trazer por casa’ que estão no governo, quer em rigor, quer em transparência nas contas e na despesa pública. Acredito que José Sócrates não durma descansado. Teve oportunidade de governar bem e melhor, com uma maioria absoluta e com muito dinheiro. Teve oportunidade de fazer o bem pelo seu povo, mas, por incapacidade ou por falta de vontade política, escolheu o caminho do mal. Fazer mal ao povo é ter consentido a criação de um Estado tentacular, gordo, que gastou o dinheiro que tinha e que não tinha. Fazer mal é não ter feito as reformas necessárias no Estado e na administração pública e ter optado pelo caminho mais simples: aumento da carga tributária e redução das condições sociais e dos salários – redução esta de duvidosa constitucionalidade por violação do princípio da confiança, da igualdade e da intangibilidade das remunerações. Fazer mal é permitir as constantes derrapagens financeiras nas parcerias público-privadas, de que são exemplo a Lusoponte, a Expo’98 e os Estádios do Euro’2004. Fazer mal é deixar que uns ganhem com estas derrapagens e que seja o povo a pagar. Fazer mal é não resolver os problemas do ensino,é fechar escolas e postos de saúde, é não resolver a crise da justiça. De que serve ser governante se se deixa o país com dois milhões de pobres e com 800 mil desempregados? Vale a pena ser governante se o povo está triste e não tem dinheiro para comprar bens de primeira necessidade? Vale a pena estar no governo não para servir a República mas a si próprio e ‘seus muchachos’? E o que aconteceria se os mineiros do Chile, que estão agora a ser resgatados de forma grandiosa e histórica, fossem portugueses? Ainda tinham de pagar o custo do salvamento? Agora a ‘moral aristocrática’ para bater mais no povo invoca a emergência nacional e o carácter excepcional das medidas, mas não pede a responsabilidade civil, criminal e política de quem nos lançou neste abismo. Como diz Allan Kardec, o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Não praticar o mal já é um princípio do bem.»

Em complemento, e para avivar memórias, apenso este vídeo do blogue 31 da armada, acabado de descobrir no correio da manhã:
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